São Paulo, quinta-feira, 11 de julho de 1996 |
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Belo Horizonte faz experiência radical
FERNANDO ROSSETTI
Lá, o 1º grau foi dividido em três ciclos -no primeiro, os alunos têm de 6 a 8 anos, no segundo de 9 a 11, e no terceiro, de 12 a 14. Com a implantação dos ciclos, completada este ano, os alunos foram agrupados em classes formadas por idade -não importando a série em que estavam antes. Com isso, cerca de 20 mil alunos foram "acelerados". Esses alunos têm um acompanhamento especial pelos professores, mas não são isolados da turma normal. Segundo o coordenador da reforma em Belo Horizonte, Miguel Arroyo, 60, a proposta é "intervir na própria estrutura escolar" -e "não simplesmente colocar um aditivo em um Fusca para ver se ele acompanha um Monza". "A estrutura brasileira de seriação é seletiva. As reformas no ensino em todo o mundo estão corrigindo isso", afirma. A divergência mostra que há duas idéias de educação em confronto atualmente no país. A seriação tradicional pressupõe que o aluno deva saber alguns conteúdos e que, caso não saiba, deve repetir a série. Os ciclos partem da idéia de que os alunos têm certas habilidades de aprendizagem conforme a idade. Essas habilidades devem ser trabalhadas na hora certa -daí não fazer sentido a repetência. (FR) Texto Anterior: Parecer relata problemas Próximo Texto: USP de Bauru adota sistema de rádio FM para alunos surdos Índice |
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