São Paulo, quinta-feira, 11 de julho de 1996
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Balança depende da economia e dos juros

MARCOS CÉZARI
DA REPORTAGEM LOCAL

Dois fatores vão ditar o desempenho da balança comercial até o final do ano: o nível de atividade econômica do país neste segundo semestre e os juros internacionais.
A conjugação de ambos mostrará se o país conseguirá ou não o equilíbrio entre exportações e importações neste ano, afirma o presidente da AEB (Associação de Comércio Exterior do Brasil), Marcus Vinicius Pratini de Moraes.
Se a economia crescer neste semestre, a balança terá "pequeno déficit" (importações superiores às exportações), diz o presidente da associação. Neste caso, o "pequeno" seria algo entre US$ 2,0 bilhões e US$ 2,5 bilhões.
Com o crescimento da economia, haverá mais importações, especialmente de matérias-primas, máquinas e equipamentos, provocando o déficit. Hoje, segundo Pratini de Moraes, metade da importações é desses produtos.
Se a economia não crescer como é esperado, haverá equilíbrio no comércio exterior, diz o presidente da AEB.
Entre janeiro e maio deste ano a balança comercial está equilibrada. As exportações superam as importações por apenas US$ 29 milhões -US$ 19,079 bilhões e US$ 19,050 bilhões, respectivamente.
Se as taxas de juros caírem no mercado externo, o déficit aumenta (juro menor facilita a importação). Se subirem, a tendência é de equilíbrio na balança, segundo Pratini de Moraes.

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