São Paulo, quinta-feira, 11 de julho de 1996
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Modelo; Divulgação precipitada; Punição; Silêncio almejado; Dimensão exata; Alusão clara

Modelo
"No dia 6/7 o jornalista Clóvis Rossi afirmou em sua coluna: 'Sou capaz de apostar que só a viagem do perito Badan Palhares entre Campinas e Maceió custou mais do que a polícia paulista gastou com a investigação de todas as periódicas chacinas que ocorrem nos arrabaldes'.
Nesse caso, o jornalista, infelizmente, mostrou-se desinformado. O Departamento de Homicídios e de Proteção à Pessoa é considerado um departamento modelo da polícia paulista.
A Divisão de Homicídios, que pertence a esse departamento e é responsável pela investigação das chacinas, contabilizou até hoje 26 ocorrências, número inferior ao do ano passado, quando ocorreram 31 casos.
Essa diminuição certamente deve ser imputada ao alto número de casos esclarecidos que, no ano passado, chegou a mais de 50%. Para tanto, asseguro ao jornalista que o Estado gasta muito mais que uma passagem Campinas-Maceió."
José Afonso da Silva, secretário da Segurança Pública do Estado de São Paulo (São Paulo, SP)

Divulgação precipitada
"O Fórum Nacional de Pró-Reitores de Pesquisa e Pós-Graduação das Instituições de Ensino Superior Brasileiras (Foprop) manifesta seu descontentamento com a divulgação, a nosso ver precipitada, dos resultados da avaliação da pós-graduação pela Capes, visto a mesma ainda não estar encerrada, pois os cursos têm prazo para apresentação de recurso até 25 de julho.
Em que pese a intenção louvável daquela agência de divulgar os resultados da avaliação no próprio ano de realização da mesma, os erros, alguns até grosseiros e reconhecidos pela Capes, trouxeram prejuízos àqueles cursos.
Seria importante destacar que, mesmo havendo cursos de baixa qualidade, estes não representam mais de 6% do total; 80% dos cursos são de níveis excelentes (A) ou bom (B)."
Arquimedes Diógenes Ciloni, presidente do Foprop (Fórum Nacional de Pró-Reitores de Pesquisa e Pós-Graduação das Instituições de Ensino Superior Brasileiras) e pró-reitor de pesquisa e pós-graduação da Universidade Federal de Uberlândia (Uberlândia, MG)

Punição
"Admito que o sr. Juca Kfouri tenha se redimido do erro de colocar o Palmeiras campeão, dias antes da decisão contra o Cruzeiro. Mas me impressiona muito que o sr. Juca não tenha ainda aprendido que, no futebol e principalmente em decisão, só se tem o vencedor dentro das quatro linhas no apito final do árbitro.
Que ele não só corte a língua como se comprometeu na TV como também os dedos que transferem todo o seu bairrismo ao computador e consequentemente para os textos publicados neste conceituado jornal."
Luis Adriano Falco Lemos (Belo Horizonte, MG)

Resposta do jornalista Juca Kfouri - Vou cortá-los, caro leitor, vou cortá-los...

Silêncio almejado
"Agora que a prefeitura sentiu de perto o risco e os danos causados pelo estouro de rojões, espero que o São Paulo Futebol Clube se sensibilize e deixe de queimar, por ocasião da reinauguração de seu estádio no próximo sábado, suas habituais 'baterias de rojões', respeitando assim a vizinhança e principalmente os doentes internados nos dois hospitais da redondeza."
Estevam E. Koenigsfeld (São Paulo, SP)

Dimensão exata
"Foi só depois de ler a deliciosa crônica de Arnaldo Jabor (2/7) que consegui compreender porque os meios de comunicação deram tamanho destaque à morte de um marginal que respondia a 120 processos e porque o caso está sendo tratado como o mais importante acontecimento nacional.
O brilhante colunista deu a exata dimensão da importância de PC Farias na sociedade brasileira."
Lauro Pereira Roque (São Paulo, SP)
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"O brasileiro ideal deveria ser um clone de Arnaldo Jabor. Na opinião de Arnaldo Jabor. O problema do Brasil é que nem todo mundo é branco, carioca (morando em São Paulo) e gênio como ele acha que é.
A sua última descoberta é maravilhosa. Como um neoGilberto Freyre às avessas ele descobriu que o problema de PC é que ele era mestiço."
Maurício Nogueira Tavares (São Paulo, SP)

Alusão clara
"O ombudsman, em sua coluna de 16/6, deveria ter sido mais claro e objetivo para os leitores mais distraídos.
No caso das hemorróidas do ministro e outros tantos, as barbaridades são da dona Barbara, com a qual concordo plenamente."
Henrique Mauricio Campos (Goiânia, GO)
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"Marcelo Leite, o ombudsman da vez, demonstra falta de coragem ao criticar a coluna de Barbara Gancia sem mencionar o nome da articulista. Talvez por temer as gozações que certamente (espero) sofrerá.
Achei a brincadeira de muito bom gosto e apropriada para lembrar da dor que sentimos pelo confisco das nossas poupanças, fato que entrará para os anais da história do Brasil como tendo sido uma aventura maluca de uns economistas desvairados."
Geraldo Anhaia Mello (São Paulo, SP)

Resposta do jornalista Marcelo Leite - A carta do sr. Mello demonstra que ele não sabe ler, pois expliquei a razão da omissão do nome da colunista: minha crítica é ao jornal, por todas as barbaridades que publica, de diferentes autores. Demonstra também que há gosto para tudo, até para escrever "entrar para os anais", o que, no contexto, é realmente de doer.

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