São Paulo, sexta-feira, 12 de julho de 1996 |
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Secretário e segurança de PC voltam a depor GABRIELA WOLTHERS GABRIELA WOLTHERS; ARI CIPOLA
ARI CIPOLA O delegado Cícero Torres ouviu novamente ontem o secretário particular de Paulo César Farias, Flávio Almeida Júnior, e Reinaldo Lima Filho, segurança do empresário. Torres pretende fechar as lacunas da tese, defendida por ele, de que Suzana Marcolino, namorada de PC, se suicidou depois de assassinar o empresário, no dia 23 de junho. Presidente do inquérito, Torres está à procura de testemunhos que comprovem que a namorada do empresário teria ímpetos suicidas. Desequilíbrio Almeida foi interrogado pela segunda vez em menos de dois dias para confirmar a história de que Suzana teria tentado se jogar de um carro em movimento. O secretário particular de PC disse tinha conhecimento do fato e deu à polícia o nome do homem que estaria junto com Suzana no carro. A identidade dessa pessoa está sendo mantida em segredo pela polícia. Na mesma linha de investigação de tentar confirmar o suposto desequilíbrio emocional da namorada de PC, o delegado também ouviu ontem o ex-prefeito de Rio Largo (AL), Mário Torres (PTB). O delegado tinha informações de que Mário havia namorado Suzana e de que ela teria ameaçado se suicidar com um revólver. O fato teria ocorrido quando o ex-prefeito manifestou a vontade de terminar o relacionamento com Suzana. Mas Mário Torres frustrou as expectativas do delegado. O ex-prefeito disse que conhecia Suzana superficialmente e que não sabia da tentativa de suicídio. Telefonemas O segurança Reinaldo Lima, que teria sido o primeiro a entrar no quarto da casa de praia de Guaxuma, onde os corpos estavam, depôs pela terceira vez ontem. O delegado Torres queria mais detalhes sobre os destinatários dos telefonemas dados por Lima na manhã do dia em que os corpos foram encontrados. Segundo os registros da Telasa (Telecomunicações de Alagoas), Lima telefonou primeiro para a casa de PC, no bairro de Mangabeiras, em Maceió, por volta das 11h30. Telefonou, em seguida, para Flávio e Juarez Alves, segurança e motorista de PC. Só depois Lima entrou em contato com o deputado Augusto Farias (PPB-AL), irmão de PC, por volta das 12h. Segundo os legistas responsáveis pela autópsia de PC Farias e Suzana, eles morreram entre 7h e 9h de domingo, dia 23. Para a polícia, os registros da Telasa confirmam os depoimentos prestados antes por Lima. Ainda segundo a polícia, os telefonemas reforçam a tese de que ninguém que estava na casa de praia soube do crime antes das 11h30. Texto Anterior: Impressões Próximo Texto: Letras são diferentes Índice |
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