São Paulo, sexta-feira, 12 de julho de 1996
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Moradores são favoráveis ao pagamento de taxa

DA REPORTAGEM LOCAL

Muitos paulistanos que moram ou trabalham na região dos Jardins afirmam estar inseguros devido à falta de policiamento.
O tatuador Ivan Bettys, 33, que teve seu estúdio assaltado no ano passado, não deixa a porta destrancada nem por um minuto. "É cada um por si", diz.
Ele conta que havia muitos clientes dentro do estúdio durante o assalto. "Entraram quatro homens armados, deram um tiro no espelho e roubaram a grana. Hoje, só abro a porta se conheço a pessoa."
Bettys é favorável à complementação salarial dos policiais. "Precisamos de seguranças andando à paisana pelas ruas, principalmente à noite."
A assistente social Maria Luiza de Souza, 44, que mora na rua da Consolação há 15 anos, afirma que a idéia é ótima. "Se houvesse mais policiais na rua, poderíamos andar mais seguros."
A dona da loja Sweet Scent Cosmetics, Ana Lúcia Kalil, 35, assaltada duas vezes, também é a favor da medida. "A cada dia, entra uma cliente na loja dizendo que foi assaltada. Isto aqui está uma loucura", diz.
Um dos sócios do Finnegan's Pub, Fernando Lima, 34, afirma que pagaria uma taxa destinada ao policiamento. Ele conta que há um vigilante particular que cuida da segurança dos estabelecimentos da rua e ressalta que precaução é importante. "Nunca fomos assaltados, mas segurança nunca é demais."

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