São Paulo, sexta-feira, 12 de julho de 1996
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Indústrias reduzem juros

DA REPORTAGEM LOCAL

O Sindicato do Comércio Varejista de Gêneros Alimentícios -Sincovaga- detectou uma redução na taxa de juros dos fornecedores.
Segundo Wilson Tanaka, presidente do Sincovaga, com a queda da taxa de juros no mercado financeiro, as empresas acabaram baixando também os juros.
"Esse é um bom sinal para quem compra a prazo, principalmente para os pequenos supermercados", disse Tanaka.
Segundo ele, a média da taxa de juros dos fornecedores é de 3,5% ao mês. "Houve empresa que baixou de 4% para 2,8%; outra, de 4% para 3,5%", disse.
Essa redução, no entanto, não estaria sendo repassada para o preço final dos produtos. Segundo Tanaka, os pequenos supermercados já vinham trabalhando com uma margem de lucro muito pequena e a queda verificada na taxa de juros acabou amenizando essa situação.
"O varejo vinha dando prazo de pagamento sem cobrar nada do cliente. Isso gerou um problema de liquidez. A redução da taxa de juros veio amenizar essa queda na rentabilidade."
O proprietário do Supermercado América, em Pinheiros (zona oeste de São Paulo), Katsuchi Nakashima, disse que para haver uma redução no preço do varejo é necessário que a negociação na taxa de juros fique acima de 5%. "Se conseguirmos uma boa negociação em produtos de alto giro, é possível repassar sem comprometer a margem de lucro", afirmou.
Grandes redes
Paulo Feijó, presidente da Abras (Associação Brasileira de Supermercados), afirmou que a redução não está ocorrendo de forma generalizada.
"Eu não acredito em redução de taxa de juros efetiva. O que está ocorrendo é um aumento no prazo de pagamento, proposto pelos fornecedores, para os supermercados", disse.
Segundo ele, com a implantação do CPMF a tendência é que haja um reflexo no preço final do produto.

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