São Paulo, sexta-feira, 12 de julho de 1996 |
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Produtor e bóia-fria procuram acordo Trabalho estuda lei específica DA FOLHA NORTE A subdelegacia do Ministério do Trabalho vai realizar a partir da próxima semana, na região de São José do Rio Preto (451 km a noroeste de SP), reuniões entre produtores, trabalhadores e sindicatos rurais para tentar acordo nas contratações de bóias-frias em plantações de sementes de capim.A decisão foi tomada após a entrega de um documento ao Ministério do Trabalho, elaborado por prefeitos e sindicatos da região de Jales, pedindo a criação de uma legislação específica para o setor. O delegado regional do Trabalho no Estado, Antonio Funari Filho, diz que as fiscalizações em fazendas da região para apurar contratação sem registro devem continuar. O presidente do Sindicato dos Trabalhadores Rurais de Jales, Wilson Gilberto Donda, 51, diz que cerca de 8.000 bóias-frias trabalham em plantações de semente de capim na região. "Sabemos que a maioria não tem registro em carteira. É preciso criar um mecanismo para legalizar a situação." A proposta de uma lei específica começou a ser discutida após as denúncias de trabalho semi-escravo nas cidades de Estrela d'Oeste e Santa Clara d'Oeste. Jales e Estrela d'Oeste são as maiores produtoras de semente de capim na região. A assessoria do Ministério do Trabalho informou que a delegacia regional em São Paulo deve fazer um levantamento do número de trabalhadores rurais empregados em plantações de semente de capim na região de Rio Preto. Texto Anterior: Mercedez diz que grevista vai receber Próximo Texto: Governo dará novo impulso ao Proálcool Índice |
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