São Paulo, sexta-feira, 12 de julho de 1996
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Jessica dá vida a Frances

INÁCIO ARAUJO
DA REDAÇÃO

Num dia forte, em que convivem justas unanimidades, como "O Poderoso Chefão 2" (USA, 21h30) e "Scarface", o original (Telecine, 6h), entre vários outros, é possível que "Frances" (Multishow, 1h30) passe quase em branco.
Com efeito, não é um filme para a história, a não ser por dois motivos. Trata do drama de Frances Farmer, promissora atriz dos anos 30, cujos problemas emocionais foram resolvidos por meio de uma lobotomia.
Farmer sumiu e a lobotomia como terapia psiquiátrica, também. De Farmer, fica por hoje a vigorosíssima interpretação de Jessica Lange: uma espécie de homenagem à personagem, fazendo-a reviver com espantosa semelhança.
Quanto à lobotomia, deixa para a memória perigos implicados na busca de causas e soluções físicas para problemas psíquicos. Com frequência, elas procuram reduzir distúrbios da psique à categoria de doença. "Frances" procura mostrar um exemplo vivo de aonde leva esse tipo de obscurantismo.
(IA)

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