São Paulo, sexta-feira, 12 de julho de 1996
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Havana seleciona 23 artistas brasileiros

Memória é o tema da Bienal

CELSO FIORAVANTE
DA REDAÇÃO

Foram selecionados os artistas brasileiros que participarão da próxima Bienal de Havana, em Cuba, que acontece em maio do próximo ano. O Brasil comparece com obras de 23 artistas plásticos, fotógrafos e videomakers nesta sexta edição do evento.
Os artistas escolhidos são Rosangela Rennó, Rochelle Costi, Dora Longo Bahia, Paula Trope, Rosana Palazyan, José Rufino, Nina Moraes, Anna Bella Geiger, Arnaldo Antunes, Sandra Kogut, Antonio Saggese, Eustáquio Neves, Jeanete Musatti, Cláudio Goulart, Rogério Ghomes, Angela Freiberger, Márcia Xavier, Carla Amaral, Lia Menna Barreto, Andrés Cipriano, Vicente de Mello, Edilson Viriato e Alex Fleming.
Os dois últimos estão com mostras em cartaz em São Paulo, na Galeria do Sesi Paulista e no Masp.
Os brasileiros foram selecionados a partir da visita ao Brasil da curadora Ibis Fernandez, do Centro Wilfredo Lam, que organiza o evento cubano. A seleção inicial passou por um comitê de curadores do centro em Cuba, que definiu a lista final.
Segundo Guida Aflalo, que coordena a Bienal de Havana no Brasil, a participação brasileira cresceu muito nesta edição do evento. "É muita gente. Deve ser um reflexo da qualidade da arte que o Brasil está produzindo", disse.
O tema da 6ª Bienal de Havana, "O Indivíduo e a Memória", pretende uma discussão da memória como espaço em que o homem funda sua identidade, principalmente em momentos de crise, quando se vê ameaçada pela homogeneidade provocada pela globalização das comunicações e da informação.
O tema da Bienal é ilustrado no material de divulgação por uma epígrafe do cantor e compositor mineiro Milton Nascimento: "Descobri que minha arma é o que a memória guarda...".
O evento se dedica exclusivamente à produção artística em países do Terceiro Mundo (Ásia, África, América Latina e Caribe).

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