São Paulo, sexta-feira, 12 de julho de 1996 |
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Irlanda do Norte entra em alerta Políciais permitem marcha de protestantes IGOR GIELOW
Cerca de mil homens foram mandados para reforçar o contingente britânico na província, que entre soldados e policiais chega a 18 mil pessoas. É a maior mobilização desde 1972, quando Londres decretou intervenção militar na Irlanda do Norte e passou a administrar diretamente para tentar pôr fim aos conflitos na região. O problema são as marchas dos protestantes da província, que são 50,6% dos 1,6 milhão de habitantes e querem permanecer britânicos. Ontem, a RUC (polícia controlada por Londres) voltou atrás da decisão de proibir a radical Ordem de Orange de promover uma marcha na região católica da Garvaghy Road, em Portadown. Desde a noite de segunda-feira, quando a proibição fora anunciada, a maior onda de violência em uma década explodiu nas principais cidades da província. Protestantes queimaram carros e jogaram coquetéis-molotov contra a polícia. Não há registro de feridos graves. "Tivemos que permitir a marcha para evitar o pior", disse o comandante da RUC, sir Hugh Annesley. O premiê irlandês, John Bruton, criticou a decisão. A marcha ocorreu com relativa calma, reunindo entre 1.500 e 2.000 manifestantes. Seis bombas incendiárias foram jogadas contra a polícia, que não revidou. Grupos republicanos, que representam os 36,4% de católicos da Irlanda do Norte majoritariamente a favor de uma união com a República da Irlanda, começaram a queimar carros e fazer protestos em diversas cidades da província. Gerry Adams, presidente do Sinn Fein (partido ligado à guerrilha católica do IRA, Exército Republicano Irlandês), chamou a decisão da RUC de "insensata". Mas o maior problema deve ocorrer hoje. Em 12 de julho de 1690, o protestante Guilherme de Orange derrotou o rei católico Jaime 2º na batalha de Boyne. Texto Anterior: Polícia acha carro usado contra irmão de presidente argentino Próximo Texto: Dole promete a Netanyahu aumentar apoio a Israel Índice |
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