São Paulo, sexta-feira, 12 de julho de 1996 |
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Atentado em ônibus fere cinco no centro de Moscou
JAIME SPITZCOVSKY
A explosão ocorreu na praça Púchkin, a 1 km da praça Vermelha. O trólebus número 12, antes da explosão, passou em frente à Duma e ao Conselho da Federação (as câmaras do Parlamento russo). Por volta das 9h (2h de Brasília), um passageiro notou que uma sacola de pano estava abandonada e entregou-a ao motorista. Alexander Koktev, 38, abria a sacola quando a bomba-relógio, acionada 13 minutos antes, explodiu. O motorista ficou gravemente ferido, com queimaduras. O general da reserva Alexander Lebed, homem-forte do Kremlin nas áreas militar e de segurança, disse ontem que pretende implantar medidas contra o terrorismo. No dia 11 de junho, um atentado a bomba matou quatro pessoas e feriu 12 no metrô moscovita. Ninguém assumiu a autoria. Circulam rumores sobre a possível participação dos separatistas da Tchetchênia nos dois ataques. Ontem, na Tchetchênia, o general russo Nicolai Skripnik foi morto quando o veículo blindado em que viajava bateu numa mina perto da cidade de Gekhi. Após o incidente, o general Vladimir Chamanov, vice-comandante das tropas russas na região, disse que "todos os focos de resistência serão destruídos". Logo após a explosão no metrô, o prefeito de Moscou, Iuri Lujkov, já havia levantado a tese do envolvimento dos tchetchenos. Na época do ataque, o presidente Boris Ieltsin havia sugerido que seus adversários neocomunistas na eleição, com medo da derrota, buscavam desestabilizar o país. Texto Anterior: Enfraquecido, Bertha chega hoje à Costa Leste dos EUA Próximo Texto: Terapia consegue erradicar o vírus HIV Índice |
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