São Paulo, quarta-feira, 17 de julho de 1996 |
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Sorgo começa a vencer preconceito
GISELE RIBEIRO
Prova disso é que a produção nacional cresceu 77,6% na última safra (95/96), segundo estimativas do grupo Pró-Sorgo e do Centro Nacional de Pesquisa do Milho e Sorgo (CNPMS), da Empresa Brasileira de Pesquisa Agropecuária (Embrapa), em Sete Lagoas (MG). Na safra 94/95, foram produzidas no país 391,5 mil t de sorgo (granífero e forrageiro), com produtividade média de 1.847 kg/ha. A previsão para esta safra é de 695,4 mil t, com média de 2.400 kg/ha. Segundo a Associação Paulista de Produtores de Sementes, foram vendidas 4.196 t de sementes de sorgo para a safra 95/96, o que projeta área de 524,5 mil ha. No Brasil, 69% da área de sorgo é do tipo granífero. Os 31% restantes são do tipo forrageiro. O sorgo granífero, que atinge até 1,70 m, serve para consumo humano e animal. Já o forrageiro, que chega a 3 m de altura, é utilizado apenas para consumo animal, misturado a outras plantas forrageiras, como cana e milho. "Uma das vantagens do sorgo é que seu cultivo é 15% mais barato que o do milho", diz o pesquisador Robert Schaffert, do CNPMS. Apesar do crescimento registrado na última safra, a produção brasileira de sorgo ainda é tímida. O motivo é a falta de informações sobre esse cereal, que sempre foi visto com preconceito pelo produtor brasileiro. "Muitos agricultores achavam que o sorgo era tóxico, concorria com o milho e com a soja e podia esgotar o solo", explica Paulo Ribas, da Sementes Agroceres, empresa que faz parte do Pró-Sorgo. Só os EUA são responsáveis por metade da produção mundial de sorgo, que na safra 95/96 deve chegar a 70 milhões de t, 21% a mais do que na temporada 94/95 (55 milhões de t). Onde saber mais -Empresa Brasileira de Pesquisa Agropecuária, CNPMS, tel. (031) 773-5644, Sete Lagoas (MG). Próximo Texto: Custo é inferior ao do milho Índice |
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