São Paulo, quarta-feira, 17 de julho de 1996 |
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Governo vê banco como insustentável
CLÓVIS ROSSI
Na avaliação ouvida pela Folha, houve vários interessados em difundir notícias que acabaram levando o banco a uma situação de quebra. Entre eles, meios de comunicação e banqueiros concorrentes. "A solução é o Proer", ouviu a Folha. Mas não houve comentários sobre a necessidade, pelas regras desse programa, de o atual dono ceder o controle acionário. O presidente Fernando Henrique Cardoso, durante o vôo, tomou a iniciativa de negar que tivesse discutido a situação com o dono do Bamerindus, o senador José Eduardo de Andrade Vieira (PTB-PR). "A Folha deu como manchete que eu negociei com o Zé Eduardo. É um absurdo", disse o presidente. Aos jornalistas que o esperavam no saguão do Hotel Ritz Intercontinental, onde se hospedou em Lisboa, FHC negou-se a falar do caso. Um repórter perguntou: "E o Bamerindus, presidente?". Ele imediatamente desviou do grupo de jornalistas, rumo ao salão onde seria oficialmente recebido pela direção do hotel. Também a assessora de imprensa de FHC, Ana Tavares, evitou o assunto. "Pior do que não dar informação, é dar informação errada", justificou-se, alegando que realmente não tinha novidades e, portanto, nada a dizer. Texto Anterior: Ação do Bamerindus é suspensa pela 3ª vez Próximo Texto: Indústria paulista demite mais 3.473 Índice |
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