São Paulo, quarta-feira, 17 de julho de 1996 |
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Pedidos de falência voltam a aumentar
FÁTIMA FERNANDES
Os pedidos de falência -638- já são 22,9% maiores do que os registrados em igual período do mês passado e 57,5% maiores do que os verificados na primeira quinzena de julho de 1995. O número de falências decretadas nos primeiros 15 dias deste mês -74- também é 10,4% maior do que o de igual período de junho e 174% maior do que o da primeira quinzena de julho do ano passado. O levantamento foi feito pela Associação Comercial de São Paulo. Nesses números estão incluídos indústrias, lojas e empresas de serviços. Os pedidos de concordata na primeira quinzena deste mês -sete- caíram 12,5% sobre igual período do mês passado e 65% sobre as primeiras duas semanas do ano passado. O número de concordatas decretadas (12) na primeira quinzena deste mês é igual ao da primeira quinzena no mês passado, mas 140% maior do que o de igual período do ano passado. Endividamento Na análise dos economistas da associação, os números mostram que as empresas continuam descapitalizadas, endividadas e não estão conseguindo renegociar suas dívidas junto aos bancos -sobretudo as pequenas e médias. "Esses dados preocupam porque colocam em dúvida a recuperação da economia", diz Emílio Alfieri, economista da Associação Comercial. Segundo ele, as medidas do governo para flexibilização do crédito foram eficientes para aumentar as vendas, mas insuficientes para reduzir a insolvência. A inadimplência (atraso no pagamento dos carnês) aumentou 7,3% na primeira quinzena deste mês sobre igual período do mês passado, mas caiu 34,2% sobre igual período do ano passado. Na análise de Alfieri, a inadimplência está estabilizada, mas num patamar alto. Foram registrados nesta primeira quinzena do mês 105.401 carnês em atraso (acima de 30 dias). Em igual período do mês passado foram 98.201 e, em igual período do ano passado, 160.303. Carnês quitados Na primeira quinzena deste mês, foram quitados 48.499 carnês que estavam atrasados, ou 1% menos do que em igual período do mês passado. Sobre a primeira quinzena de julho de 1995, o número de carnês quitados é 16,3% maior. "A inadimplência estava diminuindo, mas de um mês para cá sentimos um repique", avalia Alfieri. Texto Anterior: Produção de máquinas cai 16,1% em 96 Próximo Texto: Trabalho avalia efeitos do Real Índice |
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