São Paulo, quarta-feira, 17 de julho de 1996
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Trabalho avalia efeitos do Real

FERNANDO PAULINO NETO
DA SUCURSAL DO RIO

As falências no Brasil aumentaram 88% no segundo ano do Plano Real em comparação com o primeiro ano do plano, apesar de, no primeiro semestre de 1996, alguns indicadores de dificuldades financeiras das empresas terem começado a dar sinais de reversão.
O dado faz parte do trabalho a ser divulgado hoje pela Serasa (Centralização de Serviços dos Bancos S/A), empresa que tem 87 bancos como sócios e faz análises econômicas, financeiras e cadastrais para o sistema financeiro.
Os pedidos de falência também tiveram aumento expressivo no segundo ano do Real, em comparação com o primeiro (183%).
Segundo a Serasa, de julho de 1995 a junho de 1996 foram requeridas falências de 46.047 empresas. No primeiro ano do Real, houve 16.243 pedidos de falência, mais que no ano anterior ao Real (julho de 1993 a junho de 1994), quando houve 13.284 pedidos.
No primeiro semestre de 1996, começaram a apresentar queda alguns dos índices, como concordatas requeridas e número de títulos protestados. No entanto, o número de pedidos de falência continuava a aumentar, mas em ritmo menor do que no ano passado.
O número de títulos protestados no país também aumentou no segundo ano do Real, em relação ao primeiro ano. Foram 37% a mais, segundo as informações da Serasa.
Entre julho de 1995 e o mês passado, foram protestados cerca de 8,9 milhões de títulos nos cartórios do país. No primeiro ano do Real, esse número foi de 6,5 milhões.
Antes do Real também eram protestados menos títulos. Entre junho de 1993 e julho de 1994, houve 3,6 milhões de títulos protestados.
Para chegar a estes números, a Serasa recebe informações de cartórios e juntas comerciais de todo o país. A empresa também divulga números regionais. No Rio, por exemplo, as falências requeridas tiveram 116% de aumento, mas estão abaixo da média nacional.

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