São Paulo, quarta-feira, 17 de julho de 1996 |
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'Manon' passa completo
INÁCIO ARAUJO
Mas esses dois filmes fizeram razoável sucesso no Brasil, adaptando "Manon des Sources", romance e filme de Marcel Pagnol, e contando a história de uma longa e não raro dissimulada disputa pela fonte que rega um lugarejo, no interior da França. Razão a mais para verificar o que diz Claude Bouniq-Mercier. Para ele, os originais de Pagnol eram um cântico à vida. Na nova versão, Claude Berri teria seguido Pagnol fielmente, na letra (e na imagem), mas traído seu espírito. Berri, com efeito, fez o que Bouniq-Mercier chama de "melodrama camponês". Como aqui no Brasil desconhecemos essa realidade, os filmes têm seu encanto. Até porque Claude Berri reuniu, nesta saga feita em meados dos anos 80, a fina flor dos intérpretes franceses, do veterano Yves Montand (o vilão dissimulado) à então iniciante Emmanuelle Béart (Manon), passando por Gerard Dépardieu (Jean) e Daniel Auteuil. O serviço só será completo quando alguma emissora exibir o "Manon des Sources" original, de Pagnol. Por hoje, a proposta de exibir os dois filmes em sequência ajudará a criar uma idéia de conjunto. (IA) Texto Anterior: CLIPE Próximo Texto: Tomie Ohtake leva Mestre Paiva à Bienal Índice |
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