São Paulo, quarta-feira, 17 de julho de 1996
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ONU aceita 'limpeza étnica' na Bósnia

Sérvios ameaçam fazer reféns

DO "THE INDEPENDENT"; COM AGÊNCIAS INTERNACIONAIS

Nove meses depois da assinatura do acordo de paz na Bósnia, as Nações Unidas desistiram de trabalhar pela volta de todos os refugiados muçulmanos aos seus locais de origem, aceitando um país etnicamente dividido.
Um relatório da ONU revela que só os refugiados bósnios que vêm de áreas em que são maioria serão reinstalados no local de origem.
Em março, o objetivo traçado era possibilitar o retorno de 870 mil refugiados até o fim do ano. Agora, a meta foi reduzida para 135 mil.
Mais de 2,4 milhões de pessoas fugiram do país por causa da guerra, e centenas de milhares estão espalhadas pelo país.
Os sérvios da Bósnia ameaçaram ontem tomar policiais da ONU e soldados da Otan como reféns se seu líder, Radovan Karadzic, e seu comandante militar, Ratko Mladic, forem presos.
Ambos são acusados de crimes de guerra. Um porta-voz da ONU disse que as ameaças partiram de autoridades de Doboj e Pale.
Um porta-voz da Otan (aliança militar) disse que as ameaças estão sendo levadas a sério e advertiu os sérvios: "Não brinquem com as forças policiais internacionais".
O negociador norte-americano Richard Holbrooke voltou ontem à Bósnia com a missão de remover Karadzic do cenário político.
Holbrooke esteve ontem com o presidente bósnio, Alija Izetbegovic, que reafirmou que os muçulmanos podem boicotar a eleição de 14 de setembro se Karadzic participar.

com agências internacionais

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