São Paulo, quarta-feira, 17 de julho de 1996
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Assassino de Moro é condenado na Itália

Morte do premiê foi em 1978

DAS AGÊNCIAS INTERNACIONAIS

Uma corte italiana condenou um homem à prisão perpétua pelo sequestro e assassinato do primeiro-ministro Aldo Moro, em 1978.
Germano Maccari foi condenado como um dos dois assassinos de Moro, depois que o político democrata-cristão foi mantido como refém por 55 dias pela guerrilha Brigadas Vermelhas (esquerda).
Moro, que na época já não ocupava o cargo de premiê, foi sequestrado em maio de 1978 quando ia para o Parlamento. Os cinco membros de sua escolta foram mortos.
Em 1983, três membros da guerrilha foram presos e condenados à prisão perpétua por causa do sequestro, mas a identidade do quarto sequestrador era desconhecida.
Em 1993, informações dadas por outros membros das Brigadas Vermelhas levaram à identificação de Maccari como o quarto sequestrador e à sua prisão.
Segundo testemunhas, Maccari teria dado o tiro fatal em Moro, depois que outro guerrilheiro havia ferido o premiê. Maccari negou ter matado Moro, dizendo que só havia participado do sequestro.
A corte condenou o guerrilheiro Raimondo Etro a 24 anos e seis meses de prisão como cúmplice. As sentenças foram mais duras do que as pedidas pela promotoria (30 anos para Maccari e 15 para Etro). Maccari não está preso e ficará livre durante a apelação. Etro está sob prisão domiciliar.
O então premiê Giulio Andreotti está sendo julgado pela acusação de ter ordenado, em 1979, a morte do jornalista Mino Pecorelli, que teria informações contra Andreotti envolvendo o caso Aldo Moro.

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