São Paulo, quarta-feira, 17 de julho de 1996
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Tchetchênia tem mortes 'cruéis'

DAS AGÊNCIAS INTERNACIONAIS

Pelo menos 13 pessoas foram mortas em condições consideradas pelos rebeldes separatistas como "cruéis" na região de Grozni, a capital da Tchetchênia.
Segundo testemunhas, vários carros blindados russos dispararam contra carros de civis em duas regiões da cidade. Os russos teriam jogado gasolina nos corpos de mortos e de feridos que tentavam fugir e em seguida ateado fogo.
Foram encontrados 11 corpos carbonizados e dois mutilados com faca, segundo o vice-premiê tchetcheno (do governo pró-Rússia), Abdullah Bugaev.
Os separatistas dizem que são 25 os que morreram de forma "cruel". Segundo algumas testemunhas, os soldados russos pareciam estar bêbados ou drogados.
"Os militares russos começaram o extermínio dos tchetchenos com uma barbárie sem precedentes", disse comunicado dos rebeldes.
Um responsável pelas tropas russas afirmou que os soldados podem ter respondido a um ataque dos separatistas.
Bombardeio
Em um outro incidente, helicópteros russos bombardearam a casa da família de Zelimkhan Iandarbiev, o líder dos rebeldes tchetchenos, segundo seu irmão Suleiman.
Ele e outros quatro parentes de Iandarbiev, inclusive a mãe do guerrilheiro, sobreviveram ao ataque, na aldeia de Stari Atagui.
O bombardeio, com seis helicópteros, teria deixado quatro prédios destruídos e uma pessoa ferida.

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