São Paulo, sábado, 20 de julho de 1996 |
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Família pede R$ 1,5 mi à Souza Cruz
WILSON TOSTA
Cabral Alves morreu em 15 de abril de 1995, de "infarto agudo do miocárdio, cardiopatia hipertensiva e tabagismo", segundo o atestado de óbito assinado pelo médico Pedro Ernesto de Oliveira Costa. Segundo Beja, ele fumou desde os 18 anos -no fim, quatro maços por dia, de marcas da empresa. "Se descontarmos as horas diárias de sono, concluiremos que, em média, ele acendia um cigarro a cada 12 minutos", afirmou Beja. Pinto Alves contou que o filho fora considerado hipertenso em um exame de saúde feito pela Companhia Vale do Doce (onde trabalhava), dez anos antes de morrer. Segundo o aposentado, apesar das recomendações médicas e de apelos da família, Cabral Alves (que deixou a Vale em 1992) "não conseguiu" parar de fumar. "Não me interessa o dinheiro, faço isso em memória de meu filho, para que não deixem que outros tenham suas vidas interrompidas como a dele", disse Pinto Alves, que largou o cigarro há 7 anos, após 40 de fumo. No dia da morte de Cabral Alves, ele acordou às 7h, sentindo-se mal, e chegou a tomar um comprimido, mas acabou desfalecendo. Levado para o PAM (Posto de Atendimento Médico) de Del Castilho, morreu às 9h15. Na inicial da ação, que será julgada pela 38ª Vara Cível do Rio, Beja afirma que Nelson Cabral Alves fumou, sucessivamente, ao longo dos anos, cigarros Hollywood, Minister e Ritz, "marcas fabricadas pela ré". A Souza Cruz informou que só se pronunciará sobre o processo depois de notificada judicialmente. LEIA MAIS na pág. 3 Texto Anterior: Hospital constata 56 casos de hepatite C entre doentes renais Próximo Texto: Exame da magistratura exige literatura nórdica Índice |
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