São Paulo, sábado, 20 de julho de 1996
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Bovespa interrompe quedas e sobe 3,6%

JOSÉ CARLOS VIDEIRA
DA REDAÇÃO

A Bovespa (Bolsa de Valores de São Paulo) reencontrou ontem os compradores que estiveram sumidos nos quatro pregões anteriores.
O índice Bovespa subiu 3,6%, fechando em 64.116 pontos, depois de ter rastejado durante toda a semana, com as realizações de lucros com papéis da Telebrás.
Coincidentemente, a valorização de ontem foi idêntica à queda de 3,6% acumulada até quinta-feira. No mês, o índice Bovespa ainda registra alta de 6,1%.
O destaque do pregão ficou para Vale do Rio Doce PN, com 10,5% -a maior alta do dia, com volume financeiro de R$ 10,4 milhões, ou 2,4% do mercado à vista.
Telebrás, que concentrou 65,5% do mercado, fechou com alta de 5,4%, cotada a R$ 77,90. Operadores apostavam, no início do pregão, que o papel da estatal não passaria dos R$ 75. Erraram feio.
O mercado continua ainda muito volátil, nas mãos dos grandes investidores. Ou, como disse um operador, "vive entre o céu e o inferno todo os dias".
Para explicar os destaques de Vale, ontem, e de Eletrobrás, na quinta-feira, um analista disse que alguns papéis estavam atrasados em relação às demais "blue chips". Eles precisavam de correção para ficar em linha com os demais papéis de primeira linha.
Correlação
A correlação com o mercado de ações norte-americano também está cada vez mais distante.
Ontem, as Bolsas ignoraram a desvalorização do índice Dow Jones, da Bolsa de Nova York, que fechou com queda de 0,68%, precedido pelo índice Nikkei, da Bolsa de Tóquio, que caiu 0,42%.
Com os mercados de juro e de câmbio praticamente parados nos últimos dias, as Bolsas estão recebendo incursões de investidores de renda fixa.
Apesar de aplicar pequenos volumes financeiros, esses investidores aproveitam para dar uma "beliscada" nas Bolsas, para depois voltar aos seus "territórios".
No mercado de câmbio o dólar comercial, que foi negociado a R$ 1,0073 na ponta vendedora praticamente o dia inteiro, fechou a R$ 1,0070.
O mercado trabalha com expectativa de desvalorização cambial de 0,6% no mês. Mais do que 0,6%, segundo operadores, não seria conveniente para o governo.

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