São Paulo, quarta-feira, 24 de julho de 1996 |
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Definição fica para depois das eleições Adiamento está definido CRISTIANE PERINI LUCCHESI
Não há acordo entre os próprios partidos da base governista na Câmara (PSDB, PFL, PMDB, PTB e PPB). A principal resistência vem do PSDB, partido de FHC. O PSDB teme que o projeto possa prejudicar a campanha dos candidatos tucanos, em especial a de José Serra à Prefeitura de São Paulo. O líder do PFL, Inocêncio Oliveira (PE), argumentou que será necessário conversar novamente com as lideranças sindicais. Segundo Oliveira, a iniciativa da proposta partiu do presidente do Sindicato dos Metalúrgicos de São Paulo (ligado à Força Sindical), Paulo Pereira da Silva, que mais tarde teria voltado atrás. "Por que a gente vai pegar uma brocha que não é nossa? Tiraram a escada e querem que a gente vote", disse Oliveira. O PPB não concorda com a redução das alíquotas dos encargos sociais, como pretende o governo federal. O partido quer limitar a redução em 50%. Paulinho, da Força Sindical, disse que acertou ontem com o relator do projeto sobre contrato temporário, deputado José Mendonça Filho (PFL-PE), que só empresas com menos de 20 trabalhadores ficariam dispensadas de negociar com o sindicato a adoção desse tipo de contrato. O relator, inicialmente, queria que empresas com menos de cem funcionários pudessem adotar a nova forma de contratação sem ouvir o sindicato. Essa era uma das razões que tinham levado a Força Sindical a retirar seu apoio ao projeto. Pelo telefone, Paulinho e Mendonça Filho acertaram também que, no projeto, a flexibilização da jornada de trabalho não terá limite máximo de 63 horas semanais, como queria o relator. Colaborou Cristiane Perini Lucchesi, da Reportagem Local Texto Anterior: Governistas não chegam a acordo Próximo Texto: Seleção de antipatias Índice |
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