São Paulo, quarta-feira, 24 de julho de 1996 |
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Vendedor passou para o crack por falta de coca
ANDRÉ LOZANO
"Eu não encontrava mais cocaína, então passei para o crack, que me viciou rápido", afirmou o vendedor de 32 anos, que não quis se identificar. Ele faz parte do restrito grupo de 14 pessoas dependentes de drogas que são internadas por 15 dias no Hospital Geral de Taipas para desintoxicação. "Os traficantes perceberam que vender crack é muito mais lucrativo porque a droga não estraga (a cocaína fica úmida com facilidade, perdendo sua ação, segundo o vendedor) e pode ser vendida em maior quantidade a preços menores." O vendedor afirmou que usa drogas desde os 25 anos. "Comecei com maconha e agora quero me livrar do crack." Ele disse que procurou sozinho a Universidade Federal de São Paulo, que o encaminhou ao hospital de Taipas. Segundo o responsável pela clínica de desintoxicação do hospital de Taipas, Rubens Rassi, hoje há uma fila de espera com 40 dependentes querendo se tratar no hospital. "Os pacientes levam mais de um mês para começarem a ser tratados. É preciso ampliar a rede de atendimento de drogados", disse ele. (AL) Texto Anterior: Mortalidade por crack é maior em SP Próximo Texto: Maluf desiste de abrir Minhocão à noite Índice |
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