São Paulo, quarta-feira, 31 de julho de 1996
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Negro parou Pitta nos EUA

DA REPORTAGEM LOCAL

Nicéia, mulher de Celso Pitta, fez rota contrária à do marido: nasceu em São Paulo e foi morar no Rio, ainda adolescente, onde os dois se conheceram.
Ela nasceu em São Carlos, interior do Estado. Filha de pai professor e mãe dona-de-casa, começou a trabalhar cedo, aos 16, em um curtume carioca.
Estudou até o 2º grau, quando optou pelo mundo dos negócios. Aos 18, já havia montado uma loja de confecções em sociedade com uma irmã.
Quando fala da sua formação escolar, Nicéia insiste, repetidas vezes: "Não se deve parar como eu parei, é necessário continuar estudando".
A mulher do candidato do PPB se julga uma "sem-vaidade". Veste-se de "maneira clássica", preferindo em geral um tailleur.
No cinema ou na TV, gosta dos filmes românticos. "Nunca deixo de me comover com 'E o Vento Levou"', diz.
Ela conta que já enfrentou preconceito uma vez, pelo fato de ser casada com um negro. Foi em uma viagem aos EUA, há cerca de 15 anos.
Ela lembra que um negro parou o seu marido, durante um passeio, e perguntou por que ele se casou com uma branca. "Já no Brasil, nunca tivemos que enfrentar nenhuma barreira", diz.
Na sua família, nunca houve resistência ao namoro, relata Nicéia. "A minha mãe, antes de se casar, também já havia namorado um negro", conta.

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