São Paulo, sexta-feira, 2 de agosto de 1996
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Assiduidade; "Trainspotting"; Fora de contexto; Derrota; Relações Públicas; Silêncio suspeito; Diferença de espaço; Tratamento desigual; Paz às pombas

Assiduidade
"Com relação à reportagem publicada em 29/7 sobre frequência de parlamentares às sessões do Congresso, gostaria de registrar que estive presente a todas as sessões realizadas no primeiro semestre (15/2 a 30/6)."
José Eduardo Dutra, senador pelo PT-SE (Brasília, DF)

Resposta dos jornalistas Lucio Vaz e Ricardo Amorim - Durante a convocação extraordinária (8 de janeiro a 14 de fevereiro), o senador solicitou licença nos períodos de 22 a 26 de janeiro e de 31 de janeiro a 2 de fevereiro. Nesses dias, deixou de comparecer a seis sessões deliberativas ordinárias. Para elaborar o ranking de assiduidade, a Folha considerou apenas as presenças em plenário nas sessões deliberativas ordinárias. As ausências, justificadas ou não, só foram discriminadas na elaboração do ranking dos mais faltosos.

"Trainspotting"
"Minha representação contra o filme 'Trainspotting' baseou-se num artigo do jornal 'The New York Times'. A fotografia mostra uma cena de beijo com o uso de uma pastilha branca de heroína na língua do rapaz que se atrita com a língua da moça.
O sócio da Pandora Filmes, patrocinador do 'Trainspotting', deve visitar urgentemente um centro de recuperação de drogados levando consigo sua filha de dez anos para sentir a decadência da juventude com o uso de drogas.
Não defendo a censura, mas, sim, a juventude, incluindo a filha do sócio da Pandora Filmes."
Bension Coslovsky, advogado (São Paulo, SP)

Fora de contexto
"Com referência à reportagem 'Sexagem é mais difícil do que parece' (21/7), venho transmitir minha decepção com relação à maneira como foi tratado o conteúdo da entrevista por mim fornecida por telefone ao jornalista desta empresa.
Foi deveras decepcionante e revoltante a reportagem publicada com a frase 'essa profissão é uma máfia'. Além de não ter sido uma afirmação minha, e sim uma concordância com um contexto de que se falava, nunca um profissional deveria 'pescar' uma frase e publicá-la isoladamente.
Essa frase dá uma conotação totalmente distorcida, pejorativa e de má-fé, podendo inclusive ocasionar um problema com a Associação Brasileira de Sexadores e com os profissionais que trabalham nessa atividade."
José Roberto Bottura, diretor técnico da Associação Paulista de Avicultura (Salto, SP)

Nota da Redação - A afirmação "essa profissão é uma máfia" é de José Roberto Bottura e foi repetida três vezes na entrevista por telefone à Folha. Ela não foi publicada isoladamente. No parágrafo seguinte, continua: "Uma pessoa ensina para só uma da família".

Derrota
"Terminei de assistir ao jogo Brasil x Nigéria e vibrei. Vibrei com um time que corre atrás de resultado, tem garra, futebol, audácia e humildade; tudo o que faltou aos nossos 'marajás do esporte'."
Fernando Sergio Leão Castilho (São Paulo, SP)
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"Obrigado, Zagallo, por ter trocado Juninho por Rivaldo no jogo contra a Nigéria.
Obrigado, Rivaldo, por todo seu empenho em prol da seleção nigeriana.
Obrigado, Kanu, pelo tiro de misericórdia na arrogância de Zagallo.
Obrigado, Nigéria, por merecer o ouro olímpico."
Isaias Rodrigues da Silva (João Pessoa, PB)
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"Quando Parreira veio pro São Paulo, a primeira coisa que fiz foi deixar de ser são-paulino. Agora, seu amicíssimo Zagallo enterrou a seleção.
Nada de novo. Afinal, a justiça tarda, mas não falha. Fora retranqueiros. Fora mafiosos. Cadê os nossos gols?"
Sérgio José Custódio (São Paulo, SP)
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"Matinas Suzuki Jr: parabéns por sua coluna de 1º/8. Gostei muito de suas observações e comentários a respeito do vexame que passamos em 31/7 no futebol. Pelo menos um time de mais brio enfrentará os argentinos.
Concordo também com suas considerações a respeito de sediarmos a Olimpíada -parece piada! Quem sabe até lá nossos graves problemas de saúde e educação estarão equacionados!?..."
Raul Kalckmann (São Paulo, SP)

Relações Públicas
"Com surpresa, tomamos conhecimento por meio da coluna 'Painel' da decisão do governo de entregar a conta de relações públicas da Embratur à McCan-Erickson, para divulgar no exterior a imagem do Brasil.
A McCan-Erickson é certamente uma competente agência de propaganda, mas não nos consta que tenha um desempenho específico no setor de relações públicas, onde atuam no país várias empresas especializadas com conexão no exterior.
Como entidade representativa do setor, lamentamos que o governo não consiga distinguir atividades de propaganda e de relações públicas, e talvez esse seja um dos fatores das deficiências na sua comunicação, sempre mencionadas pelos principais componentes dos primeiros escalões governamentais."
Mario Ernesto Humberg, presidente da Aberp -Associação Brasileira de Empresas de Relações Públicas (São Paulo, SP)

Silêncio suspeito
"É, no mínimo, suspeito o silêncio dos senhores congressistas quanto à liberação das tarifas bancárias: são esses mesmos congressistas que levaram meses para aprovar a CPMF, a qual, pelo menos teoricamente, servirá para tratar da saúde dos brasileiros."
Luiza Matta (Nova Londrina, PR)

Diferença de espaço
"Lamento que a Folha tenha dedicado por diversas vezes um grande espaço para noticiar as polêmicas e oportunistas leis municipais e federais que querem impedir o fumo em restaurantes, bares etc., enquanto para o absurdo do iminente desmatamento de milhares de quilômetros quadrados da floresta amazônica, a ser executado por empresas da Malásia, é dedicado apenas um obscuro texto na seção 'Semana na terra' (29/7)."
Celestino Romeu Neto (São Paulo, SP)

Tratamento desigual
"Para os bancos: Proer e preços de tarifas liberados.
Para os candidatos a aposentadoria pelo INSS: ordem de serviço 048, aumento das alíquotas e a já 'surrada' falta de verba."
Fernando Andre Marin (São Paulo, SP)

Paz às pombas
"A respeito da reportagem da Ilustrada de 26/7, é preciso estar destituído de qualquer sensibilidade para estrangular e comer pombos.
Ora, comam frango, boi, gafanhoto, mas deixem a ave da paz viver em paz."
Claudinei Braz de Moraes (São José dos Campos, SP)

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