São Paulo, quarta-feira, 7 de agosto de 1996
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Delegado alagoano nega suspeita da PF

PC Torres se diz irritado com 'suposições'

ARI CIPOLA
DA AGÊNCIA FOLHA, EM MACEIÓ

O delegado Cícero Torres, presidente do inquérito que apura a morte de PC Farias e Suzana Marcolino, afirmou ontem que os sinais de arrombamento da janela do quarto onde os corpos foram encontrados existem desde o momento em que a polícia alagoana chegou ao local.
Segundo Torres, é improcedente a suspeita da Polícia Federal de que os sinais de arrombamento da janela não aparecem nas fotos da primeira perícia.
"Nas primeiras fotos da perícia, existem sinais claros de arrombamento. Há ranhuras na pintura e o ferrolho inferior corroeu a madeira", disse Torres.
O delegado se diz irritado com as suposições "fantasiosas" que a Polícia Federal de Brasília estaria lançando na imprensa, que acabaria "soltando barrigas (informações incorretas)" a seus leitores.
Sobre a reportagem publicada ontem na Folha, que diz que "a PF espera uma resposta conclusiva do legista Fortunato Badan Palhares sobre o estado da janela", Torres disse que a PF nada pode ou deve cobrar sobre o caso.
"Os peritos de Alagoas e da Unicamp e o delegado do caso não devem nenhuma explicação à Polícia Federal, que apenas acompanha as investigações", afirmou Torres.
Por se tratar de um crime ocorrido no Estado, a Constituição prevê soberania da polícia alagoana na investigação. Mas, como PC responde a vários inquéritos na PF, o governador Divaldo Suruagy pediu que a PF acompanhasse o caso.
A polêmica da janela ocorreu depois dos depoimentos dos seguranças de PC, que afirmaram à polícia que descobriram os corpos depois de arrombarem a janela.

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