São Paulo, quarta-feira, 7 de agosto de 1996 |
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Adesão aumenta, mas poluição fica pior
ROGERIO SCHLEGEL
O cumprimento da restrição de circular, que atinge dez cidades da Grande São Paulo, cresceu de 88,5% para 93%, segundo a Secretaria Estadual do Meio Ambiente, que organiza o rodízio. A região da Paulista teve o maior índice de cumprimento do rodízio, com cerca de 98% dos carros de final 3 e 4, proibidos ontem, fora da rua. Na zona leste houve mais motoristas descumprindo o rodízio, com a adesão média de 79%. Trânsito O pico de congestionamento da manhã foi de 52,2 km, contra 42,2 km registrados no primeiro dia do rodízio -aumento de 23%. À tarde, dois grandes acidentes -nas pontes Aricanduva (zona leste) e Ary Torres (zona sul)- provocaram aumento dos congestionamentos. O caso da zona sul, onde houve um morto, contribuiu para agravar o pico da tarde, que chegou a 86,9 km. Embora isso prejudique comparações, o número foi inferior ao registrado terça passada. O pico da manhã foi inferior ao registrado na terça-feira passada, quando as aulas não haviam sido retomadas. Naquele dia, o congestionamento máximo da manhã se aproximou de 60 km. Segundo os organizadores do rodízio, o volume de trânsito em geral aumenta às terças-feiras. "Há uma certa sazonalidade, pelo que nos informou a CET (Companhia de Engenharia de Tráfego)", disse Alfred Szwarc, diretor da Operação Rodízio. Feldmann O secretário Fábio Feldmann disse ontem que espera que o nível de respeito ao rodízio se mantenha "com pequenas oscilações" até o dia 30, prazo inicial da operação. Os finais proibidos de circular hoje são 5 e 6. A cada dia, cerca de 540 mil veículos deixam de rodar com o rodízio. Para hoje, é esperada uma melhora nas condições atmosféricas, no que se refere à dispersão de poluentes. Está prevista a entrada de uma frente fria na área da Grande São Paulo, o que deve provocar mais ventos na região. Segundo a Cetesb, desde sexta-feira a área vive relativa calmaria. Em Cubatão, a Cetesb está em estado de pré-alerta, devido à concentração de poluentes próxima do nível crítico. Se houver piora, será decretado estado de alerta, que obriga empresas que não aprovadas pelo controle de poluição a suspender sua produção até que o problema seja contornado. Texto Anterior: Desabamento em 89 causou troca de acusações Próximo Texto: Qualidade do ar tem piora Índice |
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