São Paulo, quarta-feira, 7 de agosto de 1996 |
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Curto-circuito é causa provável
ROGÉRIO WASSERMANN
Os moradores afirmam que os problemas nas ligações elétricas -feitas de maneira clandestina- eram frequentes. Segundo eles, havia mais de um mês que os chuveiros elétricos não funcionavam, além de muitos fios expostos, inclusive nos banheiros, local provável do início do fogo. "As ligações eram todas precárias. Em alguns lugares, caía água em cima dos fios expostos", afirmou a moradora Maria Antônia Silva, 39. Frequentes Segundo os moradores, durante o período de um ano em que estiveram morando no alojamento ocorreram três curtos-circuitos com princípio de fogo, controlados a tempo. Os moradores afirmam que uma inspeção no sistema elétrico teria sido feita pela Eletropaulo ou pela prefeitura anteontem à tarde. A empresa e a prefeitura negam que tenham feito a vistoria. Perícia O laudo da perícia técnica que pode apontar as causas do incêndio no alojamento só deve ficar pronto dentro de um mês. Segundo um dos peritos, o estado de decomposição do material queimado deve dificultar o trabalho de localização da causa do fogo. No dia 26 de abril, moradores do abrigo que pegou fogo na madrugada de ontem chamaram a Eletropaulo. Segundo a empresa, eles diziam que havia um "fio partido" e que por causa disso não havia eletricidade no local. No dia seguinte, segundo a assessoria da Eletropaulo, a empresa esteve no abrigo da prefeitura. A equipe constatou que o problema, na verdade, se devia a um curto-circuito na cabine primária (equipamento que distribui a energia elétrica ao abrigo). O curto poderia estar sendo causado pelo excesso de consumo ou instalações irregulares. Isso por enquanto não foi comprovado. (RW) Texto Anterior: Pane elétrica deixou morador sem luz em abril Próximo Texto: Só falta agora censurar os bichos da Parmalat Índice |
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