São Paulo, quarta-feira, 7 de agosto de 1996 |
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Bovespa tem queda em cima de Telebrás
JOSÉ CARLOS VIDEIRA
Ontem parecia que o mercado acompanharia o desempenho da Bolsa de Nova York, que operou em baixa durante o dia inteiro, mas acabou fechando com alta de 0,38% no final do pregão. Só que, quando o índice Dow Jones reverteu a tendência de queda, puxando para cima a maioria das Bolsas latino-americanas, a Bovespa (Bolsa de Valores de São Paulo) intensificou a queda, pressionada pelas vendas de Telebrás. O tombo da estatal das telecomunicações foi causado pelo relatório distribuído aos clientes de um banco de investimento, com forte atuação no exterior, mudando a recomendação de "compra" para apenas "manutenção" dos papéis da estatal em suas carteiras. O banco argumenta que precisa analisar melhor o impacto da possível privatização da empresa sobre os acionistas minoritários. O mesmo banco, porém, avalia que o preço dos papéis da Telebrás poderia chegar a R$ 100 até o final do ano. O índice Bovespa recuou 1,81%, com 61.307 pontos. O volume financeiro da Bolsa paulista ficou em R$ 445,6 milhões. Na Bolsa de Valores do Rio de Janeiro, o Isenn recuou 0,52%, com 22.671 pontos. Telebrás PN fechou a R$ 73,50, com queda de 3,4%, abocanhando 70,8% do total dos negócios no mercado à vista. Na esteira da empresa-mãe, Telesp PN recuou 4%, ambas figurando entre as maiores quedas do Ibovespa. Câmbio Lentamente as coisas vão retomando o curso normal no mercado de câmbio. Ontem o Banco Central (BC) não precisou atuar nem comprando nem vendendo moeda. As cotações voltaram a fechar ontem dentro da minibanda de variação cambial, depois de terem ficado abaixo do piso na sexta e na segunda-feiras. No mercado de dinheiro, a liquidez deve melhorar hoje, quando ocorre a liquidação financeira da compra de dólar no mercado comercial feita pelo BC na segunda-feira. A estimativa é que a taxa-over Selic já deva ceder um pouco hoje, para algo entre 2,68% e 2,69%. Texto Anterior: INSS tem 334 inquéritos contra funcionários acusados de fraudes Próximo Texto: Malan descarta pagar compulsório já Índice |
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