São Paulo, quarta-feira, 7 de agosto de 1996
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Silvio Santos disputa telefonia celular

ELVIRA LOBATO
DA REPORTAGEM LOCAL

O grupo Silvio Santos, proprietário do SBT -Sistema Brasileiro de Televisão, segunda maior rede do país- vai disputar as licitações para concessão do serviço de telefonia celular privada no país.
O grupo já confirmou sua adesão ao consórcio formado pela Itatel (Itamarati Telecomunicações, do empresário Olacyr de Moraes), pela GTE norte-americana, Splice do Brasil e pela japonesa Mitsui.
Em princípio, está acertado que o grupo Silvio Santos e a GTE terão, cada um, 30% do capital da empresa que será criada para representar o consórcio.
Silvio Santos também tem projeto para disputar o mercado de TV paga via satélite, por miniparabólicas, onde enfrentará os grupos Globo e Abril.
Os dois últimos já obtiveram concessão do governo para explorar o serviço, em consórcios com grupos estrangeiros.
Diversificação
A estratégica de diversificação do conglomerado Silvio Santos, no setor de telecomunicações, foi confirmada pelo presidente do grupo, Luiz Sandoval.
Por enquanto, o grupo descarta a opção de disputar o mercado de TV paga por cabo.
Guilherme Stoliar, vice-presidente do SBT, diz que a construção de redes de cabos exige investimentos acima das possibilidades da empresa.
Além disso, acrescenta Stoliar, os grupos Globo e Abril já avançaram tanto nesse mercado que "fica difícil acompanhá-los".
Luiz Sandoval diz que o grupo Silvio Santos encerrou seu balanço do ano passado com faturamento de R$ 1,4 bilhão e lucro líquido de R$ 60 milhões.
Segundo ele, os primeiros estudos feitos pelo consórcio que irá disputar as licitações para telefonia celular privada indicam que será necessário investir US$ 1 bilhão para concorrer na Grande São Paulo.
Os recursos, de acordo com Sandoval, incluem os gastos com equipamentos para 1 milhão de assinantes, pagamento pela concessão e capital de giro.
Divisão
Há duas semanas o governo colocou em discussão pública as normas para a telefonia celular. O território nacional foi dividido em dez áreas para a exploração do serviço. A Grande São Paulo é uma delas.
Sandoval diz que todas as dez áreas são consideradas interessantes pelo consórcio, e que o grupo Silvio Santos está disposto a investir cerca de US$ 300 milhões no empreendimento.

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