São Paulo, sábado, 17 de agosto de 1996
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Processo criminal

PAULO PEIXOTO
DA AGÊNCIA FOLHA, EM BELO HORIZONTE

Arresto de bens é suspenso
O juiz Manuel Bravo Saramago, da 2ª Vara de Registros Públicos, Falências e Concordadas de Belo Horizonte, decidiu que a Justiça mineira é incompetente para analisar o processo civil do Banco Nacional.
Saramago disse que a análise do rombo de R$ 7,5 bilhões no Nacional deve ser feita no local onde está a sede administrativa do banco, no Rio de Janeiro.
Portanto, segundo ele, compete à Justiça do Rio julgar a ação de responsabilidade contra os ex-25 diretores do banco.
"Estou convencido que o desaparecimento do Banco Nacional S.A., uma das maiores instituições de crédito deste país, é consequência de uma administração desastrada levada a efeito na cidade do Rio de Janeiro. Nada mais", disse Saramago em sua sentença.
A Justiça carioca já analisa o processo criminal, cujo inquérito está sendo conduzido pela Polícia Federal.
O processo criminal poderá punir os ex-diretores com pena de reclusão, e o processo civil visa a reparação dos prejuízos causados com o rombo do Nacional.
O Ministério Público de Minas decidiu não recorrer da decisão de Saramago junto ao Tribunal de Justiça do Estado.
Saramago disse que a transferência do processo para o Rio suspende temporariamente a determinação do arresto dos bens dos ex-diretores, ocorrida há um mês.
O arresto significa que estão indisponíveis todos os bens, incluindo as contas bancárias, que passam a ser administrados por uma pessoa indicada pela Justiça.

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