São Paulo, terça-feira, 20 de agosto de 1996 |
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Governo terá de renegociar isenções com o Congresso
FERNANDO GODINHO
A opinião é do relator do projeto, deputado Luiz Carlos Hauly (PSDB-PR). Na semana passada, o ministro do Planejamento, Antonio Kandir, anunciou um acordo com os secretários estaduais da Fazenda em torno do projeto de incentivo às exportações. Pelos termos do acordo, ficou garantida a emissão de até R$ 3,6 bilhões em títulos públicos federais para compensar os Estados pelas perdas que terão com a aprovação das isenções do ICMS (Imposto sobre Circulação de Mercadorias e Serviços). "Estava dando o assunto como concluído. Mas teremos que fazer novas negociações", disse Hauly, que ontem conversou com os secretários estaduais da Fazenda do Paraná e do Rio Grande do Sul e com o governador do Paraná, Jaime Lerner (PDT). Segundo o relator, eles argumentam que a isenção do ICMS vai prejudicar os governos estaduais que realizaram esforços para melhorar a arrecadação. "É uma discussão que não está encerrada", admite o deputado. Prioridade O projeto de lei é considerado prioritário pelo governo federal. Por meio do incentivo às exportações, a equipe econômica e o Planalto avaliam que poderão reverter o atual quadro de desemprego na economia. O déficit de cerca de US$ 2 bilhões na balança comercial já esperado para este ano (quando as importações superam as exportações) também poderá ser revertido -ou pelo menos atenuado. Pelo cronograma de votação negociado pelo governo, o projeto de lei deve ser colocado em votação amanhã, na Comissão de Finanças e Tributação da Câmara. Mas a Folha apurou que as lideranças governistas na Câmara já trabalham com a hipótese de votar um pedido de urgência para o projeto de lei, retirando-o da comissão e levando-o direto para votação no plenário. Texto Anterior: Sem esperar as urnas Próximo Texto: Laudo diz que Suzana tinha "alto risco" para suicídio Índice |
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