São Paulo, terça-feira, 20 de agosto de 1996 |
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Patinador que fazia só uma entrega por dia agora faz 8
DA REPORTAGEM LOCAL Se o número de carros circulando pelas ruas de São Paulo diminuiu com a implantação do rodízio, o trabalho do patinador Alexandre Pacheco dos Santos, 23, aumentou.Ele é o único funcionário da empresa Post-Net encarregado de pagar contas, entregar documentos e encomendas. "Antes de o rodízio começar, eu trabalhava meio período e fazia outros serviços por fora. Agora, trabalho das 9h às 18h." Seu empregador, Sérgio Rezende, proprietário da Post-Net em Pinheiros -uma das sete lojas em regime de franquia em São Paulo, acredita que, mesmo com o fim do rodízio, a procura pelo serviço deva continuar. "As pessoas procuraram mais o serviço porque ficaram sem o carro. Mas, mesmo sem rodízio, a entrega com patinador é prática", diz Rezende. Segundo ele, antes do rodízio, Alexandre fazia uma entrega ao dia. Agora faz oito. Alexandre chega a patinar 40 quilômetros por dia. "O pior são as ladeiras. Descer é fácil. Na subida acabo apelando para uma 'carona"', diz. O serviço custa R$ 12,50 a hora, e não vale mandar muito peso. "Aí não dá. Ainda mais agora, com tanto serviço, não aguento levar coisas pesadas", afirmou. Texto Anterior: Fiscalização é mais branda na capital Próximo Texto: Morre em São Paulo o palhaço Torresmo Índice |
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