São Paulo, terça-feira, 20 de agosto de 1996 |
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Movimento flerta com funk e rap
EVA JOORY
O carioca Corello, 42, DJ há 23, diz que o charme chegou no Rio há 16 anos: "Mas o que explica o seu sucesso hoje é a indefinição musical que assola nossas rádios". Durante a semana, Corello toca em clubes do subúrbio carioca, como Disco Voador e o Soul Train. Sobre a chegada dos bailes de charme à zona sul, Corello tem um receio: "Tudo que chega à zona sul e vira moda acaba abruptamente. No subúrbio, isso não acontece". O DJ paulistano Grand Master Ney apostou no charme nas noites de terça no finado Cha Cha Cha, entre 94 e 95. Ele explica porque o estilo musical que invadiu o Rio ainda não é um fenômeno em São Paulo, "mas tem tudo para virar": "Falta dar uma identidade ao baile de charme em São Paulo, além de um projeto para divulgar o gênero". Para Corello, o sucesso do ritmo está no fato de ser um gênero musical abrangente: "É um ritmo que flerta com todos os outros sem esquecer os vocais. No começo flertava com o jazz, agora, na sua evolução, com o funk, o rap, o hip hop... Mas é sempre melódico". Ele diz que charme "não é só música de preto". "As pessoas estão aceitando mais o fato que o negro também faz uma ótima música dançante, às vezes até melhor do que o branco. Nós colocamos mais molho", brinca. (EJ) Texto Anterior: Charme carioca emplaca nas pistas de SP Próximo Texto: 'Ritmo devolveu a graça à dance' Índice |
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