São Paulo, sábado, 24 de agosto de 1996
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Movimento vai pedir ajuda à prefeitura

DA FOLHA RIBEIRÃO

Para a construção da cadeia pública que quer bancar na cidade o Reage Ribeirão vai pedir à administração municipal a cessão de um terreno. O governo do Estado também será procurado para participar.
"Se fizermos uma campanha junto a empresários e população, o custo da cadeia será até dez vezes menor do que se o Estado fizesse a obra sozinho", afirmou o empresário Benedito Nibi Ribeiro.
O Reage Ribeirão também vai solicitar à prefeitura o empréstimo de mão-de-obra e a doação de material de construção civil.
Segundo Nibi, o movimento pretende construir a nova cadeia mesmo que prefeitura e Estado não façam nenhuma doação.
Prefeitura e Estado
"Nossa cadeia está sufocada e precisamos de mais vagas. A prefeitura vai ajudar no que puder depois de conhecer o projeto", declarou o prefeito de Ribeirão, Antônio Palocci Filho, 35.
A cadeia pública de Ribeirão tem capacidade para 238 detentos, mas acumula mais de 540 presos.
O Estado pode firmar convênio com o Reage Ribeirão para fazer a obra. No convênio, seriam definidas, após análise da secretaria, quais as funções de cada parte.
Em Bragança Paulista, a população reformou a cadeia pública e passou a administrá-la. O Reage pode construir a cadeia por meio da campanha e doá-la ao governo estadual, que a administraria.
Exportação
O Reage Ribeirão está "exportando" seu conhecimento na campanha antiviolência para movimentos semelhantes do ABCD paulista e de São José do Rio Preto.
Ontem uma das líderes do movimento Reage ABCD a publicitária Ana Maria Fabrício Moreira, 40, contatou o Reage Ribeirão para discutir uma campanha conjunta dos dois municípios.
"Queremos fazer uma campanha em todo o Estado e não regionalizada", afirmou ontem a publicitária, que já foi assaltada duas vezes em semáforos de Santo André.
O Reage Rio Preto também deve atuar em conjunto com o movimento de Ribeirão. "Nossos objetivos são o mesmo, que é combater a falta de segurança e a violência urbana", disse Webster Okasaki, 30, da construção civil.
Na última semana, líderes do movimento Reage São Paulo contataram líderes do de Ribeirão para aproveitar as experiências do movimento.

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