São Paulo, sábado, 24 de agosto de 1996
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Covas rebate críticas da Fiesp à segurança

DA REPORTAGEM LOCAL

O governador Mário Covas rebateu ontem as críticas feitas pela Fiesp (Federação das Indústrias do Estado de SP) à condução da área de segurança pública do Estado.
A direção da Fiesp havia criticado o governador anteontem, após uma reunião no Palácio dos Bandeirantes, alegando que Covas havia apresentado "muitos números, mas pouca ação concreta".
O governador disse não concordar com a afirmação de que há uma onda de violência. "O razoável é mostrar que esse problema não começou neste ano, mas é um processo que vem crescendo ao longo do tempo", afirmou o governador.
Segundo Covas, o governo está adotando "medidas absolutamente concretas" para combater a violência.
Entre estas medidas estão a contratação de 5.000 homens para a PM num prazo de quatro a seis meses e o lançamento de uma concorrência para a compra de 1.000 carros para a polícia.
Covas disse ainda que o programa Pisc, que aumentou o contingente policial nas zonas sul e leste da cidade, conseguiu diminuir a ocorrência de homicídios naqueles locais.
"Hoje existem mais policiais trabalhando do que quando assumi o governo", afirmou o governador. Segundo ele, a PM tem hoje 1.700 homens a mais do que há um ano e meio.
Segundo o governador, o número de homicídios continua crescendo, mas numa taxa menor do que a registrada nos últimos anos.
Covas disse que a proposta de ajuda financeira à polícia, feita anteontem pela Fiesp, pode ser insuficiente. "O Estado de São Paulo não é um Estado que gasta pouco em segurança."
"O governo reconhece que a área tem carências, mas temos que argumentar com números concretos. E os números evidenciam que a polícia está trabalhando mais", afirmou Covas.

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