São Paulo, sábado, 24 de agosto de 1996
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Jobim discute ação da PF em São Paulo

WILLIAM FRANÇA
DA SUCURSAL DE BRASÍLIA

O ministro da Justiça, Nelson Jobim, se reúne segunda-feira com o diretor da PF (Polícia Federal), Vicente Chelotti, para detalhar a participação de policiais federais no combate à violência em São Paulo.
Jobim vai determinar que a PF fique à disposição do governo de São Paulo para operações ostensivas de combate ao narcotráfico e ao contrabando de armas.
O acerto dessas operações será feito com o superintendente regional da PF em São Paulo, Yokyo Oshiro, e com o secretário estadual da Segurança Pública, José Afonso da Silva.
Na tarde de ontem, o secretário conversou por telefone com o ministro Jobim, mas o plano de ação ainda não foi definido.
Há cerca de 6.000 agentes da Polícia Federal espalhados pelo Brasil. Desses, 1.200 no Estado de São Paulo, número que pode crescer ainda mais com possíveis acordos nessa operação conjunta.
Segundo a assessoria do Ministério da Justiça, Jobim defende o trabalho conjunto das polícias para demonstrar que o poder constituído é mais forte que o poder paralelo de quadrilhas de traficantes.
Jobim quer que o sucesso da operação conjunta feita há duas semanas no Maranhão sirva de exemplo para a ação em São Paulo.
No Maranhão, diversas blitze promovidas pela Secretaria da Segurança Pública e pela PF fecharam estradas, revistaram veículos e pessoas, apreenderam armas e recolheram tóxicos.
Para o chefe do gabinete do Ministério da Justiça, José Gregori, a sociedade civil deveria se engajar na luta contra a violência.
"Movimentos como o Reage São Paulo poderiam, por exemplo, incentivar o desarmamento do povo", disse Gregori, que participou ontem de reunião na Procuradoria Geral de Justiça para falar do assunto com promotores paulistas.

Colaborou a Reportagem Local

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