São Paulo, sábado, 24 de agosto de 1996
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Morador muda hábitos

DA REPORTAGEM LOCAL

Os dois últimos assaltos ocorridos na rua Albuquerque Lins nesta semana mudaram os hábitos de moradores.
"Eu sempre entrava direto pela garagem quando chegava da rua. Ontem me surpreendi entrando pelo portão do térreo e percebi que era por medo de assalto", disse uma moradora do edifício número 915, invadido na quarta-feira.
O edifício já tomou suas providências. A guarita do porteiro, que fica hoje separada da calçada por um caminho em curva que dificulta a visão da calçada e da entrada da garagem, já está sendo mudada de lugar.
Um gradil também está sendo instalado, como o que existe há seis meses no número 992.
A ordem geral de mães e pais para os filhos, ontem, era que ficassem atentos a quem estivesse por perto quando fossem entrar no prédio.
Números
Pelo menos 9 dos 21 edifícios existentes em um quarteirão da rua Albuquerque Lins já foram invadidos por ladrões, segundo levantamento feito pela Folha ontem.
Outra constatação é de que o assalto a apartamento não é novidade na rua. Os moradores lembraram-se de assaltos ocorridos há 25 anos.
Reação
No quarteirão entre rua Baronesa de Itu e alameda Barros, o assunto era um só, ontem: os assaltos e a falta de violência.
As críticas eram direcionadas contra o governo do Estado, geralmente por mais polícia no bairro.
"Eu queria que o Covas viesse morar aqui", afirmou uma das moradoras.
O comerciante Eduardo Assayag, 56, diz que o governo do Estado sabe que o bairro é nobre e que há muita criminalidade na rua.
Assayag afirma que já foi assaltado quatro vezes, mas não fez boletim de ocorrência em nenhuma das vezes, porque não crê no trabalho da polícia investigativa.
Secretaria
A Secretaria da Segurança Pública informou ontem que o número de roubos e furtos de apartamentos caiu entre 1994 e este ano.

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