São Paulo, sábado, 24 de agosto de 1996 |
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Bolsa argentina reverte queda e sobe
DANIEL BRAMATTI
Anteontem, o Merval atingiu o nível mais baixo em cinco meses. O panorama deve continuar negativo até que o Congresso dê um sinal claro de que será aprovado o pacote fiscal do governo de Carlos Menem, que está na Malásia. A aprovação do pacote é essencial para o equilíbrio das contas do governo, que deve fechar o ano com um déficit de aproximadamente US$ 5 bilhões, de acordo com os novos limites que estão sendo negociados com o FMI (Fundo Monetário Internacional). Sem o aumento generalizado de impostos estabelecido pelo pacote, o déficit chegará a US$ 6,6 bilhões. O mercado considera imprescindível a aprovação das medidas, mas não está otimista em relação a seus efeitos sobre a economia. O aumento de impostos pode frear a reativação da economia, o que afetaria a arrecadação. Por causa da demora do Congresso em votar o pacote -que não deve chegar ao plenário antes de 40 dias-, Fernández anunciou medidas suplementares para reduzir o rombo: a venda de ações da empresa petrolífera YPF, no valor de US$ 1 bilhão, e um corte de US$ 1 bilhão nos gastos públicos até o final do ano. Greve A CGT (Confederação Geral dos Trabalhadores) reiterou ontem a ameaça de realizar uma greve geral de 36 horas. A data será discutida com as demais centrais sindicais no início de setembro. Até lá, é provável que a CGT promova uma renovação em sua cúpula, o que facilitaria a negociação com o MTA (Movimento dos Trabalhadores Argentinos) e com o CTA (Congresso dos Trabalhadores Argentinos). Além dos sindicalistas, os motoristas de táxi anunciaram ontem um protesto contra o governo. Eles farão uma caravana até o Ministério da Economia para reclamar da cobrança de 5% sobre as tarifas determinada pelo governo. Texto Anterior: Região Sul elogia medida Próximo Texto: Saúde pesa mais no bolso de paulistanos Índice |
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