São Paulo, domingo, 25 de agosto de 1996
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WILLIAMS X FERRARI; WILLIAMS X WILLIAMS; WILLIAMS X TWINGO

DE 0 A 12 SEGUNDOS

WILLIAMS X FERRARI
Williams FW18
pojeto de Adrian Newey
Ferrari F310
projeto de John Barnard
Suspensão
Apesar de "passiva" (sem gerenciamento eletrônico), a do Williams é muito eficiente. O carro se mantém no chão em qualquer tipo de pista. É o maior segredo
Traseira
O fluído desenho de John Barnard acabou prejudicado pelo fracasso do câmbio miniaturizado, substituído por um convencional, que consumiu espaço precioso. Detalhe, o aerofólio do Williams é mais alto e mais curto
Motor
Cinco títulos de construtores são as credenciais do V10 da Renault. O similar ferrarista sofre em seu ano de estréia, mas bem menos do que o previsto
Dianteira
O esbelto bico de Adrian Newey virou norma na categoria. A Ferrari levantou o seu a partir do Canadá, a pedido de Michael Schumacher. É notável, porém, a falta de composição do dispositivo com o resto do chassi italiano
Laterais
A adoção de entradas de ar retangulares, tendência inaugurada pela Benetton no ano passado, é claramente menos espontânea do que o desenho arrendado dos Williams. Barnard parece ter querido aliviar a carga dos defletores laterais, apostando no sucesso de seu bico "Concorde". Nada funcionou
Cockpit
O drible no regulamento praticado pela Williams fica cristalino na comparação. Todo o corpo do chassi inglês acabou mais delgado por causa dessa interpretação particular da regra. Michael Schumacher apelou até para um capacete "Indy" na tentativa de compensar essa deficiência do carro italiano

WILLIAMS X WILLIAMS
FW17: o chassi de 1995
A Williams foi a equipe que melhor absorveu as alterações do regulamento técnico para a temporada de 1996. Dessa forma, seu projeto pouco sofreu. Essa perpetuação é uma das chaves do sucesso: aprimorar é mais fácil que modificar

FW18: o chassi de 1996
As limitações impostas ao conjunto aerodinâmico traseiro foram compensadas com a adoção de asas sumplementares. O apoio tipo "bumerangue", ainda utilizado pela Benetton, foi abandonado
A proteção do cockpit foi atenuada graças a uma conveniente interpretação da nova regra. Só a Jordan seguiu o mesmo caminho, motivo de protestos por parte das outras equipes no início da temporada
O bico em forma de "míssel", adotado a partir do ano passado, é um dos trunfos do projeto de Adrian Newey, que levou às últimas consequências o nariz "tubarão" criado por John Barnard para a Benetton no final dos anos 80
Outro drible no regulamento aconteceu no caso das extremidades do aerofólio dianteiro, que orientam o fluxo de ar recebido pelo carro. A maioria dos times adotou um perfil semicircular. A Williams manteve seu desenho. A Benetton protestou no GP da Inglaterra, sem sucesso

Ficha técnica
Motor: Renault V10 RS8
Gerenciamento eletrônico: Magnetti Marelli
Câmbio: Williams (seis velocidades, semi-automático)
Embreagem: AP
Chassi: Williams (manufaturado em compósito de fibra de carbono)
Suspensão: Williams (passiva)
Sistema de direção: Williams
Sistema de refrigeração: Secan (dois radiadores de água e dois de óleo)
Freios: Carbone Industrie (discos e pastilhas), AP (calibradores)
Combustível: Elf
Rodas: Oz (aro 13)
Pneus: Goodyear Eagle (radiais)
Velas: Champion
Painel de instrumentos: Williams (display digital)
Cinto de segurança: Sabelt (seis pontos)
Volante: Personal

Os títulos
1980
1981
1986
1987
1992
1993
1994
1996

WILLIAMS X TWINGO
Comprimento
Twingo - 3,43 m
Williams - 4,20 m
Largura
Twingo - 1,63 m
Williams - 2,00 m
Velocidade máxima
Twingo - 150 km/h
Williams - 340 km/h
Pneu traseiro
Twingo - 14,5 cm/54 cm
Williams - 38 cm/66 cm
Pneu dianteiro
Twingo - 14,5 cm/54 cm
Williams - 29 cm/64 cm
Motor
Twingo - 4 cilindros/1.239 cc/55 cv
Williams - 10 cilindros/3.000 cc/700 cv
Consumo
Twingo - 9,62 km/l
Williams - 1,25 km/l
Relação peso/potência
Twingo - 1 cavalo arrasta 14,4 kg
Williams - 1 cavalo arrasta 0,743 kg

. Aceleração

Twingo: 105 m
Williams: 1.000 m
. Frenamento
(de 100 km/h)
Twingo: 46 m
Williams: 18 m

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