São Paulo, terça-feira, 27 de agosto de 1996
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Lazer inibe violência

PAULA SCHMITT
DA REPORTAGEM LOCAL

Ao contrário do que se pode pensar, diversão é fundamental. Estudos recentes mostram uma possível relação entre violência e falta de opções de lazer.
Em 95, dos 4.990 homicídios na capital, 57,5% aconteceram entre sexta-feira e domingo, ou num feriado. Nas regiões mais pobres, uma das únicas alternativas ao ócio é o bar.
No Jardim Ângela, o bairro mais violento, a média dos assassinatos nos finais de semana é de 65,2 por 100 mil habitantes. Nesse bairro o número de unidades de lazer é zero -não existem cinemas, teatros, danceterias, bingo, boliche, museus, patinação ou parque de diversões, segundo a empresa Estudos Empresariais/Geografia de Mercado.
Já o bairro da Bela Vista, o terceiro menos violento (média de 5,51 assassinatos nos finais de semana) é o segundo em opções de lazer -possui 109 unidades.
São Paulo também não tem parques e áreas verdes suficientes para a recreação. A ONU recomenda 12 metros quadrados por habitante. Segundo estimativas da prefeitura, essa relação não ultrapassa cinco metros quadrados por habitante.

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