São Paulo, quinta-feira, 29 de agosto de 1996
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Justiça determina prisão de 129 eleitores

DA AGÊNCIA FOLHA, EM BAURU; DA FOLHA SUDESTE

O juiz Antônio Roberto Sylla, de Presidente Prudente (558 km a oeste de São Paulo), expediu mandado de prisão contra 129 pessoas condenadas por crime eleitoral.
Os mandados de prisão foram expedidos anteontem pelo juiz. Todas elas foram condenadas por transferência fraudulenta de título para a cidade de Santo Expedito (625 km a oeste de São Paulo), em 1988.
Essas pessoas, segundo a sentença do juiz, tiraram título eleitoral em Santo Expedito, apesar de não residirem na cidade.
Segundo a Justiça, 253 eleitores foram denunciados no mesmo processo por crime idêntico. Desse total, seis eleitores foram condenados a 14 meses de prisão, sem direito a sursis (suspensão da pena) por não serem primários.
Os outros 247, condenados a 12 meses de prisão, receberam o benefício de sursis por dois anos, mas deveriam se apresentar periodicamente à Justiça.
Mas, segundo a Justiça, 129 dos 247 não responderam às convocações de audiências feitas pelo juiz Sylla, que interpretou isso como "descumprimento" da sentença e revogou o sursis. A condenação foi confirmada pelo TRE (Tribunal Regional Eleitoral).
Segundo o cartório criminal de Presidente Prudente, desde 17 de fevereiro do ano passado o juiz vinha expedindo intimações, que nunca foram cumpridas pelos condenados.
O processo, segundo o cartório eleitoral, não conseguiu apurar o partido e os candidatos que estavam envolvidos na fraude eleitoral. Nenhum dos eleitores processados soube dar essa informação.
Ribeirão
O disque-civilidade recebeu ontem quatro denúncias contra irregularidades nas eleições em seu primeiro dia de funcionamento, em Ribeirão Preto.
O telefone instalado no Ministério Público atendeu duas denúncias de uma possível fixação de outdoor em local não determinado pelo sorteio da Justiça Eleitoral e mais duas sobre irregularidades no financiamento de campanha.

Colaborou a Folha Sudeste

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