São Paulo, quinta-feira, 29 de agosto de 1996 |
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Deputados iniciam o "recesso branco" Paralisação elimina avanços da convocação PAULO SILVA PINTO
O "recesso branco" vai, na verdade, eliminar os avanços conseguidos com a convocação extraordinária de julho. É como se um trabalhador recebesse horas extras e, em seguida, faltasse ao trabalho, sem ter o dia descontado. Para trabalhar durante o recesso de julho, os deputados receberam dois salários a mais (R$ 16 mil), além dos R$ 8.000 a que têm direito mensalmente. Só com os deputados, a convocação aumentou em R$ 8,2 milhões os gastos da Câmara. A presidência da Casa não revelou os extras com funcionários. O presidente da Câmara, Luís Eduardo Magalhães (PFL-BA), anunciou na segunda-feira à noite que a próxima sessão com votação será no dia 10 de setembro. 200 projetos Há mais de 200 projetos de lei e de emendas prontos para entrar na pauta de votação. A lista de projetos de lei com urgência aprovada inclui a regulamentação da navegação de cabotagem, a proibição de porte de armas, o contrato coletivo de trabalho e a participação dos trabalhadores nos lucros. A LDB (Lei de Diretrizes e Bases da Educação) também está pronta para ser examinada pelo plenário, embora ainda não seja uma matéria consensual, de fácil aprovação. Entre as emendas constitucionais, está pronta para votação a que prevê a criação do imposto sobre combustíveis. Adiamento O líder do governo na Câmara, Benito Gama (PFL-BA), afirmou que o adiamento das votações "não foi uma decisão, foi um fato". Segundo ele, os parlamentares de todo o mundo se afastam para participar das eleições. Para Benito Gama, a convocação extraordinária não vai ser perdida, porque o esvaziamento da Câmara teria acontecido de qualquer jeito, mesmo que os deputados não tivessem trabalhado em julho. Segundo a diretoria de comissões, não estão previstas reuniões até 10 de outubro. Texto Anterior: James Carville Próximo Texto: Comissão de Orçamento rejeita contas de 92 do governo Collor Índice |
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