São Paulo, quinta-feira, 29 de agosto de 1996 |
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Trem e estação são depredados no Rio Paralisação do sistema revolta passageiros RONI LIMA
Não houve feridos nem pessoas presas. O tumulto prejudicou a viagem de cerca de 400 mil passageiros, que tiveram de descer em várias estações. Um trem de oito vagões, com cerca de 200 passageiros, seguia da estação Central do Brasil para Japeri, na Baixada Fluminense. Às 6h45, o último vagão descarrilou próximo à estação Derby Club, em frente ao Maracanã. Esse vagão bateu em duas estruturas da rede elétrica, provocando um corte de energia. O diretor de produção da Flumitrens (Companhia Fluminense de Trens Urbanos), José Carlos Martins Lopes, 48, disse ter havido "falha mecânica" em uma peça do "truck" -equipamento ligado às rodas, que converte energia elétrica em mecânica. A região da estação Derby Club concentra os cinco ramais do sistema de trens, com oito linhas eletrificadas. Com a queda de energia, os trens começaram a parar em diferentes estações. Foi o que bastou para que, em algumas estações, passageiros começassem a gritar e a jogar pedras. O pior incidente ocorreu na estação de Engenho de Dentro. Dois vagões de um trem chegaram a ser incendiados. Os vidros do trem foram todos quebrados. Uma multidão começou a quebrar janelas da área administrativa da estação. Um orelhão foi arrancado, um quiosque, saqueado e depredado. "A Polícia Militar só chegou 40 minutos depois", disse o agente de estação Francisco Paiva. O sistema elétrico foi parcialmente religado, mas o trecho em frente ao Maracanã continuou paralisado. Três linhas seriam normalizadas ontem à noite -e o restante só na noite de hoje. Texto Anterior: PF prende italiano dono de restaurante Próximo Texto: Inquérito apura abuso contra Paula Toller Índice |
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