São Paulo, quinta-feira, 29 de agosto de 1996 |
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Delegado indicia dois engenheiros
CRISPIM ALVES
No dia 11 de junho, uma explosão provocada por vazamento de gás de cozinha na tubulação existente no vão entre o solo e o piso do shopping causou a morte de 42 pessoas e feriu outras 472. Teixeira Júnior é funcionário da BRR, gerenciadora das obras de construção do shopping. Ele foi indiciado, segundo o delegado Flávio Augusto de Souza Nogueira, por ser "o responsável direto pelo acompanhamento das obras". "A empresa não foi responsável pelo acidente. Meu cliente não fazia fiscalização técnica e não é especialista em gás. Ele tem convicção da sua inocência", disse Mary Livingston, advogada da BRR. Fernandes, que é gerente de operações do shopping, foi indiciado por não ter tomado as providências necessárias, segundo Nogueira, para apurar as denúncias de cheiro de gás feitas por lojistas. "O indiciamento foi injusto e descabido", disse o advogado Eduardo Pizarro Carnelós. Segundo ele, Fernandes tomou as providências para apurar as denúncias. O advogado disse ainda que o laudo do Instituto de Criminalística constatou "que seria impossível detectar o vazamento e tomar medidas preventivas" porque a tubulação ficava em local inacessível. Amanhã, a polícia vai indiciar os engenheiros Rubens Luciano Molinari, Flávio de Camargo e Edson Poppe, da construtora Wysling Gomes, que fez as tubulações. O mesmo acontece com David Rocha, superintendente do shopping, e Marcelo Zanotto, diretor da B7 Participações, dona do empreendimento. Texto Anterior: Escola dá ética há dez anos Próximo Texto: Guia reúne atividades para crianças em Ribeirão Índice |
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