São Paulo, quinta-feira, 29 de agosto de 1996 |
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Mostra celebra cultura beat
AMIR LABAKI
Veneza celebra cinquenta anos de contracultura, com Gillo Pontecorvo frisando as ligações entre o movimento libertário e ultraindividualista de Burroughs e Kerouac, de Corso e Ferlinghetti, ao caráter "irriquieto, insatisfeito e crítico das novas gerações". Até sete de setembro, serão quase 60 títulos, entre os quais sete lançamentos mundiais, e "um dia beat", neste sábado, com performances e debates. Segundo o curador da mostra, Franco La Polla, "um objetivo da retrospectiva é o de exibir pontos de vista muito diversos sobre o movimento". O ciclo é heterodoxo. Documentários clássicos ("The Beat Generation", de Charles Haas, 1959) estão lado a lado de filmes experimentais de Stan Brakage ("Desistfilm", 1954). Filmes que pesquisam personagens específicos ("What Happened to Jack Kerouac?", de Richard Lerner e Lewis MacAdam, 1985) alternam-se com revisões hollywoodianas do movimento, como "The Subterraneans" (Os Subterrâneos, 1960), de Ranald MacDougall. Não se distingue entre a assumida paródia, como em "A Bucket of Blood", de Roger Corman (1959), e a fidelidade reafirmada, como em Jonas Mekas ("Lost, Lost, Lost") ou em Robert Frank ("Pull My Daisy"). A lassidão beat parece ter marcado os critérios de seleção. Texto Anterior: Veneza começa com cara de Oscar Próximo Texto: Tieta; Sucessão; Júri; De Niro X Hoffman Índice |
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