São Paulo, terça-feira, 3 de setembro de 1996 |
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Delegado da PF vai fazer acareações Ex-diretores serão confrontados CHICO SANTOS
As acareações foram solicitadas formalmente pelo advogado de Oliveira, José Carlos Fragoso, mas, segundo a Folha apurou, já estavam decididas pelo delegado. Fragoso quer que seu cliente, ex-vice-presidente de Operações do Nacional, seja colocado frente a frente com Marcos de Magalhães Pinto, ex-presidente, e com Sant'Anna, ex-vice-presidente de Controladoria. O inquérito da PF examina suspeita de que a direção do Nacional inflou 652 contas com empréstimos fictícios para aparentar que o banco ia bem. O valor total das supostas fraudes é de R$ 5,3 bilhões. Já foram indiciadas 11 pessoas, entre elas Oliveira, Sant'Anna e Magalhães Pinto. Apenas Sant'Anna admitiu a existência das contas. Ele disse que contabilizou os números sob orientação de Oliveira. Marcos de Magalhães Pinto disse em depoimento que desconhecia as contas, mas afirmou que quem tinha o controle operacional do Nacional era Arnoldo de Oliveira. Os argumentos de Sant'Anna reforçam a posição de Magalhães Pinto. Já Oliveira disse que não tinha interferência na controladoria do Nacional e que Magalhães Pinto conhecia todas as decisões operacionais importantes do banco. O advogado de Arnoldo de Oliveira pediu também que o delegado faça diligências que, na sua avaliação, vão mostrar que Marcos de Magalhães Pinto tinha mais ingerência na administração do Nacional que procura demonstrar. A Folha procurou o advogado Sérgio Bermudes, que trabalha para Sant'Anna e para a família Magalhães Pinto. Às 17h20 a secretária Leila disse que ele estava em reunião e pediu o telefone do jornal para contato. Até as 19h Bermudes não havia feito contato. Texto Anterior: Saiba o que é o Plano de Metas Próximo Texto: Banco Central não envia dados ao TCU Índice |
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