São Paulo, terça-feira, 3 de setembro de 1996
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Promotor diz ter ajudado clubes com sócio-torcedor

MARCELO DAMATO
DA REPORTAGEM LOCAL

O promotor de Justiça da Cidadania, Fernando Capez, disse à Folha que o sócio-torcedor foi criado para "não deixar o estádio vazio, aumentar a receita dos clubes".
"Eu não precisava ter me metido nisso. Não é meu assunto. Fiz para ajudar, para dar espetáculo e diversão aos torcedores."
Capez foi o responsável pelos processos contra as torcidas organizadas Mancha Verde (Palmeiras) e Independente (São Paulo), que resultou no fechamento da primeira e na absolvição da outra.
As duas decisões estão sendo contestadas na Justiça.
Por meio do promotor, o Ministério Público também participa, junto com a Polícia Militar e a Federação Paulista de Futebol, de ações para impedir a volta das torcidas organizadas aos estádios.
"O único grupo organizado que será permitido daqui para a frente será o dos sócios-torcedores."
Segundo o tenente-coronel José Vasconcellos Filho, comandante do 2º Batalhão de Choque da PM, mesmo os sócios-torcedores não poderão, "num primeiro momento", levar instrumentos musicais para o campo.

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