São Paulo, sábado, 7 de setembro de 1996
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Desemprego nos EUA não afeta as Bolsas

JOSÉ CARLOS VIDEIRA
DA REDAÇÃO

O tão esperado número de emprego e desemprego nos Estados Unidos não assustou nem um pouco o mercado de ações.
Os índices mais aguardados da semana reforçaram a tese de aquecimento econômico nos EUA e empurraram os juros dos títulos norte-americanos de 30 anos (T-Bond) para até 7,22%, mas não derrubaram a Bolsa de Valores de Nova York, como se supunha.
O índice Dow Jones, que mede o desempenho das ações industriais da Bolsa de Nova York, fechou em alta de 0,94%.
As Bolsas latino-americanas, entre as quais a Bovespa (Bolsa de Valores de São Paulo), acompanharam a tendência de Nova York e fecharam valorizadas. Em Buenos Aires, o Merval subiu 2,14%.
Tudo indicava que o dia seria de forte baixa das ações, quando o Departamento do Trabalho dos EUA anunciou que o índice de desemprego norte-americano em agosto ficara em 5,1%, e que haviam sido criados 250 mil novos postos de trabalho nos EUA.
Os dados reforçam a expectativa de que o Fed (o banco central dos EUA) vai elevar o juro primário.
Mas agora os analistas acreditam que o possível ajuste da taxa não será tão acentuado.
Os T-Bond, que dispararam logo após o anúncio dos dados, acabaram recuando ao longo do dia, para fechar em 7,11% -abaixo até mesmo do dia anterior.
Na falta de noticiário interno, mais uma vez o mercado doméstico seguiu de perto a trilha internacional.
O índice Bovespa avançou 1,28%, fechando em 63.346 pontos. O volume da Bolsa paulista foi bem mais robusto, encerrando os negócios com R$ 401,3 milhões.
A Bolsa de Valores do Rio de Janeiro subiu 1,42% ontem, com 23.576 pontos (Isenn). O giro financeiro do pregão carioca foi de R$ 21,03 milhões.
Telebrás PN fechou a R$ 77,10 o lote de mil ações, com alta de 2,53%. O papel concentrou sozinho 68,6% do volume total do mercado à vista da Bovespa.
Vale do Rio Doce PN subiu 1,23%, com participação de 2,7% do mercado à vista.
Os operadores aguardam para a próxima semana a votação pelo Senado do projeto de desoneração do ICMS nas exportações. A medida deve garantir um pouco mais de ânimo aos negócios.

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