São Paulo, sábado, 7 de setembro de 1996
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Brasil fica estável em lista de risco

Agência compara países

IGOR GIELOW
DE LONDRES

O Brasil manteve sua posição como quinto país de maior risco para o investidor global, com 60 pontos, segundo a agência Economist Intelligence Unit, ligada à revista britânica "The Economist".
A lista é uma atualização das posições divulgadas em junho passado e se refere aos chamados mercados emergentes.
Ela leva em conta as mudanças de políticas macroeconômicas, estabilidade política, indicadores econômicos e posição no mercado financeiro internacional.
A posição brasileira é estável, mas melhor do que no período entre 1992 e 1993 (com 70 pontos).
Em primeiro lugar, a Rússia registra 85 pontos de risco numa escala de 0 a 100. Com a iminente cirurgia cardíaca do presidente russo, a situação de risco pode aumentar, ressalta a agência.
Na América Latina, o Chile continua com confortáveis 20 pontos, no quarto lugar entre os melhores mercados.
No topo inverso da tabela, o México foi ultrapassado pela Venezuela e é o segundo país de maior risco: 70 pontos em 100. Os venezuelanos, que tinham o segundo mercado mais arriscado há três meses, caíram de 75 para 65 pontos na cotação.
À medida que se aproxima a incorporação pela China, em 1997, Hong Kong sobe no conceito de risco. Mantém seus 20 pontos, porém com tendência de subida, já perdendo em confiabilidade para Portugal e Chile (20 pontos).
No Leste Europeu, a Polônia se consolida como segunda melhor opção para investimentos. Agora tem 30 pontos de risco, contra 40 em junho, e está atrás dos tchecos (25 pontos) em termos regionais.
Em relação ao risco de crédito, as repúblicas da ex-União Soviética figuram como o pior lugar para investimentos, com 77 pontos em 100. Na sequência vem a África subsaariana com 65 pontos. A América Latina figura com 58.

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